Jaebum
As cinco e pouca, quase seis da manhã, eu já estava acordado fazendo os preparativos. Eu deveria pegar todas as provas de hoje, uma imagem fala mais que mil palavras. Imagina várias delas? Pensava seriamente como ia conseguir essas coisas enquanto arrumava uma bolsa, teria que ver como eram as partes do cargueiro primeiramente.
Ao terminar tudo, coloquei a bolsa em meu ombro e saí do quarto. Brevemente fui ao quarto de Lídia, e quando abri a porta a mesma estava dormindo ainda então sai descendo as escadas indo em direção a garagem. Abrindo a porta de um dos carros, joguei a bolsa no banco de trás e sentei no banco do motorista abrindo o portão da garagem com um botão e configurando o GPS.
Ontem a noite eu havia pesquisado, e percebi que eram três horas de viagem até onde o cargueiro atracaria. Então eu teria um bom caminho para pensar tudo minimamente. Logo que tudo estava pronto, acelerei o carro para sair da garagem mas imediatamente parei ao ver o carro de outra pessoa parado em frente ao portão da casa. Eu reconhecia aquele carro.
- O que esse maluco está fazendo aqui? - Murmurei saindo com o carro e parando ao seu lado, a janela estava aberta e pude ver que o mesmo dormia. Então apertei a buzina "levemente" e o mesmo pulo no assento olhando em volta. - O que está fazendo aqui, Jinyoung?
- Ah.. Oi. - O mesmo disse passando a mão pelo rosto de cansaço e me olhando. - Eu vou com você para ver o navio, então estava te esperando aqui.
- Por que você simplesmente não me mandou uma mensagem ou me ligou?
- Decidi de última hora. - O mesmo deu de ombros. - Quero ver com meus próprios olhos como meu pai é um filha da puta.
- Alguém viu você saindo de casa? - O mesmo negou com a cabeça. - Deixe seu carro naquele quarteirão ali e venha até o meu.
O mesmo assentiu, e fechando a janela deu meia volta com o carro enquanto eu o esperava. Eu nem podia impedir Jinyoung de alguma forma, ele já estava metido nisso tudo e a única coisa que eu podia fazer era deixar ele me ajudar e procurar a verdade também.
Alguns segundos depois vi o mesmo correndo até mim pelo retrovisor, e logo mesmo entrou no banco do carona me dando a deixa para finalmente sair com o carro.
- Você sabe que isso é perigoso, não é? - Falei para o mesmo enquanto eu olhava a estrada.
- E o que eu tenho a perder? Faz tempo que não tenho uma aventura, e como eu te disse, quero saber o que realmente anda acontecendo em minha vida. - O mesmo suspirou. - Lídia está bem sobre aquele assunto do jantar?
- Bem não está, ninguém nessas circunstâncias estaria bem. Mas consegui acalma-la de alguma forma.
- É, vocês foram feitos um para o outro mesmo. - Jinyoung riu e eu levantei uma sobrancelha duvidosa. - Parece que se completam, entende? Vocês namoram ou o que?
- Bom, namoramos. Escondido, claro. - O olhei brevemente. - Por que está curioso sobre nossa relação?
- Lídia sempre gostou do perigo, não me admira ela ter se apaixonado por você. - Ele deu de ombros. - E também quero saber da vida dupla de minha futura esposa, é o certo não é?
- As vezes penso se seria bom ou não te jogar desse carro em movimento...
- To brincando, relaxa. - O mesmo riu e eu revirei os olhos. - Vou voltar a dormir, me chame quando chegarmos.
[...]
Todas as informações estavam certas, no horário estipulado um carro preto apareceu perto de um galpão e de lá saiu Dongyul e Jeha. Eu e Jinyoung estávamos no meio de alguns contêineres, foi até fácil passar pela segurança. Só falamos que éramos inspetores de tal coisa e passamos batidos.
- O navio está chegando... - Jinyoung disse olhando pelo binóculo um pouco ao longe, na entrada do ancoradouro.
Me agachei e peguei minha câmera me posicionando, Dongyul e Jeha estavam perto do local e o navio já estava pronto para parar. Um outro carro enorme surgiu, e dele saiu um homem com dois seguranças atrás. Aumentei o zoom da câmera e pude ver que esse homem era chinês, devia ser o negociador.
- Está tudo pronto, eles irão fazer o negócio. - Murmurei para Jinyoung e o mesmo assentiu se agachando ao meu lado e olhando pelo binóculo.
O navio havia parado, e depois que a ponte foi posta quatro homens trouxeram uma caixa enorme jogando no meio dos homens. O negociador chegou perto e a abriu, logo se afastando quando Jeha se aproximou e pegou um dos rifles em mãos.
- E pensar que ele sempre abominou armas... - Jinyoung vociferou.
Jeha analisava minuciosamente o rifle, e depois de alguns minutos o colocou de volta na caixa chamando um homem que estava atrás de si com uma maleta em mãos. Logo que abriu e mostrou para o negociador, percebi que eram montes de dinheiro e ouvi Jinyoung xingando enquanto observava.
Enquanto eles apertavam a mão, assinavam um papel e as coisas eram entregues, eu tirava as fotos em puro choque. Quando mais eu me aprofundava, mais eu percebia que não era uma simples corrupção empresarial e afins. Eram coisas além disso, coisas que realmente custariam vidas.
- Já tem tudo o que precisa? - Eu assenti para Jinyoung. - Então vamos logo, ver isso está me dando raiva e enjoos.
Rapidamente guardamos nossas coisas, e Jinyoung desceu do contêiner mas eu olhei novamente para os homens ali e por um momento senti Dongyul olhando na nossa direção. É como se ele soubesse que estávamos ali.
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WAY - JAEBUM
FanfictionLídia é uma garota de 19 anos, filha de um casal bem sucedido. Com a vida corrida e com inimigos no mercado de trabalho, seus pais prezam pela segurança da filha. Com outros vários seguranças despedidos antes, seus pais novamente tentaram colocar ou...
