Capítulo 7 | Desmascarada

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Era como andar, eternamente, em uma montanha-russa, só que em uma subida, que não havia hora para chegar ao clímax.

A sensação de estar anestesiada era muito estranha para mim, e era assim que meu corpo está se comportando... Um trase, como se aquilo estivesse um pouco longe da minha realidade. Ficou um silêncio estranho no local, deixando todos ainda mais apreensivos, e logo a voz retornou para me despertar do inconsciente coletivo que estava no ambiente, ou somente para me despertar.

- Então, como você está senhorita Cecília? - nitidamente se divertindo com o quão inquieta estava a voz se manifestou tomando o conta da lacuna que havia ficado.

- Traumatizada. - disse sincera e fazendo graça, com alguns gestos, como levar a mão ao coração, ou colocar as mãos na cintura. - Ah, se as pessoas pudessem sentir o que estou sentindo agora mesmo.

Eu me sentia em êxtase. Ao mesmo tempo que me sentia ansiosa para o desenrolar da trama, me ver sobre os holofotes novamente e fez sentir brilhante, radiante... Uma parte de mim dizia que era por eu está sendo o centro das atenções, o outro me gritava que era pela oportunidade de crescer mais e mais, no fundo, ambas as partes estavam certas.

De certa forma, me sentia completamente aliviada, embora Endre quisesse me prejudica de alguma forma, ele não conseguiu, ainda sim, acredito que esse não era o objetivo dele... Se ele me prejudica, ele também seria prejudicado. Então, no fim, ele só estava brincando comigo.

Falando nele... Por onde ele estaria?

- Já que você se sente assim, podemos dizer aquela famosa frase, não há nada ruim demais que não possa piorar, mas hoje vamos te dar uma colher de chá, e vamos apenas se festa - diz a voz, seguida de uma risada, ou uma tentativa de risada maléfica. - Todos os participantes podem entrar novamente. Chegou a hora das apresentações.

Então, como boas crianças do primário, eles entraram enfileirados. Sem qualquer ruído, novamente. Estavam tímidos, acanhados. Ficando assim, em pé, eles se reagrupar e ainda mascarados, se voltaram para mim.

Tamanhos, portes, cores, corpos, peles, tudo neles eram diferente um do outro, isso me deixava exclusivamente interessada em cada um deles, mesmo que esse não fosse o objetivo, no entanto, não era como se pudesse evitar.

- Podem tirar as máscaras! - animada disse a voz.

E um a um, eles tiram as máscaras, revelando os seus rostos, reconheci alguns de quando eu avaliei e implantei Enrico no meio dos candidatos, porém era como se a primeira vez que os via.

Pensei comigo "Aquele lugar não poderia estar mais bonito!" Eram homens muito bonitos, arrumados, pareciam extremamente importante ou até mesmo que era membros da alta sociedade... No fim, fui em quem escolheu a todos... E eu devo dizer, eu tenho um bom gosto.

Lisos, cacheados, do moreno ao ruivo passando pelo platinado por química... Musculosos que serviriam apenas como holofote para atrair um público, simples e fofos para outro alvo, cabeludos e carecas... Tinha homem para todos os gostoso.

Os olhares que se cruzava, os sorrisos que se abriam, o silêncio inevitável ali foi quebrado, as câmeras e 'flash'.... Algumas risadas de nervosismo ou sorrisos arrebatadores. Alguns fazem poses, outros parecem perdidos, e mais alguns se mantiam seus olhares fixos em mim. "Um momento para as fotos" disse um homem ao fundo. Vários 'flash' viam em nossa direção, e na verdade eu nem sabia como reagir ou que cara fazer, apenas sorri.

- Veja Cecília como fomos abençoadas. - disse a voz de forma sugestiva. - Lembrando, os participantes que saíram foram três, um, catorze e vinte dois. E os que ficaram, podem começar as apresentações.

Um Amor Para Cecília [Em Revisão]Where stories live. Discover now