•N̸o̸r̸m̸i̸n̸a̸h̸• ✓ ᘜᒪᗩᗰOᑌᖇ 📷

CAPÍTULO: 72 √

SÃO PAULO.
 

- Eu vou voltar a trabalhar amanha. – Anunciou Normani colocando a mesa para o jantar.

- Que legal mãe! O que você vai fazer agora?

- Voltar a entrevistar celebridades… A mesma coisa que fazia antes…

- Que bom Normani fico feliz por você… – Falou Poncho se sentindo aliviado. Não agüentava mais ver a mulher sem a vivacidade costumeira – Vai voltar a viajar?

- Não sei. Tenho que ver o que meu editor já tem preparado da seqüência que a Camila fez… Só vou ver isso amanha.

- Que ótimo! Podemos sair para comemorar!

- Não há motivos para comemorações. Só estou fazendo o que já devia ser feito, afinal foram mais de cinco semanas afastada. – finalizou saindo da mesa sem tocar na comida.

Normani desceu para o quarto de hospedes e ficou sentada na cama por um longo tempo olhando para as paredes. Todas as lágrimas que tinha para derramar por Dinah e por sua estupidez já haviam ficado dentro daquelas paredes.

Depois da ida até Los Angeles e da consciência que a cantora já estava retomando sua vida sem ela, soube que não haveria motivos para ficar estacionada sem fazer nada. Tomou um banho demorado e voltou para a cama. Iria reconstruir sua vida sem Dinah. O trabalho recomeçou tímido.

Fez duas entrevistas nos estúdios da central com artistas do próprio canal e depois de duas semanas se sentiu preparada para enfrentar o mundo de cabeça erguida. Nenhum comentário havia sido feito em relação ao que vivera com Dinah e por vezes se sentiu tentada a ligar pra ela novamente, mas sabia que não ia conseguir passar da sua assessoria.

O álbum que estava produzindo com a Dj brasileira Rafa era aguardado ansiosamente pelos fãs, mas não havia ainda uma data prevista de lançamento. Acompanhava tudo o que se referia à cantora por jornais e Internet e nada além do mistério envolto em toda a produção do novo cd lhe atribuía novidades. Estava tudo calmo, como se nada tivesse acontecido. Calmo até demais.

A filmagem nos lençóis Maranhenses terminou antes do horário previsto e embarcou junto com Lauren de volta para são Paulo. Quando desceram na capital paulista sentiu um clima estranho em todas as pessoas que a cumprimentavam, mas não deu a devida atenção.

Subiu para o seu apartamento a fim de descansar da longa viagem e tudo o que queria naquele momento era uma massagem relaxante. Seguindo sua rotina de tortura ligou o notebook e colocou o nome de Dinah no Google e as informações que começaram a jorrar na tela a deixou paralisada.

Imagens da cantora com Rafa que estava hospedada em sua casa por tempo indeterminado até acabar o álbum e matérias falando do envolvimento das duas. Não queria acreditar nas fotos que saltavam a seus olhos a levando a um turbilhão de emoções. As reportagens a deixavam perplexa. Não podia acreditar em nenhuma das palavras que lia. Não queria acreditar que fossem verdades. Pegou o telefone e ligou pra Nick.

- A Dinah está feliz Normani. Nunca a vi tão radiante. – Foram as palavras da coreógrafa.

Sentindo o chão sumir sob seus pés se sentou na beirada da cama abraçando os joelhos chorando se perguntando o por que, mas já sabia a resposta. Não era necessário que fosse dita. Ficou assim por horas seguidas e depois de jurar que jamais choraria por Dinah novamente pegou os pertences que havia tirado do quarto principal e os levou ao lugar de onde haviam saído.

Enquanto tomava banho escutou Poncho abrindo a porta do quarto parando na entrada do banheiro por um momento. Saiu do Box enrolada em uma toalha e o encontrou na cama zapeando os canais da tv. Entrou embaixo das cobertas ainda de toalha apoiando a cabeça no seu peito.

Poncho beijou seus cabelos molhados e sentiu as mãos da morena passeando pelo seu corpo subindo a camiseta do pijama que usava. Se livrando da toalha que ela usava se jogou sobre seu corpo buscando sua boca para um beijo longo sentindo Normani corresponder ao seu toque tirando a calça que saiu junto com cueca. Uniram-se mais uma vez como um casal, famintos e sedentos do néctar do amor que haviam selado em um altar sobre a proteção divina.