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- Kylie não! - Luke grita, rindo escandalosamente, enquanto os restantes gozam com o mesmo.

- Retira o que disseste! - ordeno, continuando a fazer cocegas ao mesmo.

- Cuidado com a minha ferida! - resmunga e eu paro.

- Desculpa, desculpa, desculpa! - peço freneticamente.

- Estava a brincar. - ri-se e pega em mim, mando-me para o sofá e saltando para cima de mim.

Começa a fazer-me cocegas e eu rio que nem louca. Odeio cocegas. O loiro continua. - Diz que eu sou lindo e eu paro.

- Não. - continuo a rir. OK, pronto. - não consigo parar de rir. - O Luke... Hemmi... Hemmings é... é lindo!

- Acho muito bem. - para e beija o meu nariz, ignorando a presença de todos. - E nunca vou retirar o que disse. Os. One. Direction. Não. Prestam. - fala pausadamente. 

- Ele diz isso, mas sabe as músicas de cor. - Michael ri-se.

- Então, Michael! Isso não era para dizer! - o loiro finge que amua.

Passou uma semana desde que o pai do Luke foi preso. Felizmente ele está feliz e isso é que importa. Estávamos a falar e os One Direction vieram à baila, eu como uma grande fã, apenas os defendi. Quanto a minha relação com o Luke, não faço a mínima ideia. A Liza e o Calum estão constantemente a dizer que parece que somos namorados, já o Michael não tem problemas em dizê-lo à frente de todos. 

Ontem, Luke beijou-me à frente de todos e eu apenas fiquei estática, não consegui dizer nada. Todos começaram a festejar ao contrário de mim, provavelmente fiquei um tomate. Já o Hemmings ficou com um sorriso orgulhoso do tamanho do mundo.

Vou até à cozinha para beber água e Liza segue-me. - Então?

- Então o quê? - fico confusa.

- Já sabes se o amas ou não?

- Eu acho que sim. - encolho-me. - Não sei. - suspiro.

- Tens de lhe dizer, ele talvez te ajude a descobrir. - Liza encolhe os ombros.

- Eu... eu. - engasgo-me. - Tenho de ir.

Fujo da casa, ignorando o chamamento da minha melhor amiga. Eu não aguento mais. Lágrimas começam a cair a potes. Amar alguém é difícil. Eu estou assustada, nunca amei ninguém. Como é que sei que agora o amo? Sinto coisas tão diferentes. As famosas borboletas no estômago, isso é verdade, mas não borboletas, o sentimento é demasiado grande. 

Por Luke

Vejo a Kylie a sair e vou logo até Liza, enquanto esta vinha no nosso encontra até à sala. Olho-a confuso, aqui à gato. 

- Vai atrás dela. - Liza suspira, entregando-me um chave. - Se ela não estiver no apartamento, está na ponte ao pé do rio.

- O que está a acontecer? - Ashton levanta-se, juntamente com Michael e Calum.

- A Kylie precisa do Luke, ela ama-te. - olha para mim e a minha expressão suaviza. A Kylie ama-me? - Vai atrás dela antes que ela pense demasiado e pense em voltar para Melbourne. Ela nunca amou ninguém, está confusa e assustada.

Corro do apartamento após abraçar a rapariga à minha frente e vou imediatamente para o apartamento em frente. Abro-o com a chave que recebi, mas esta lá não se encontra. Decido então ir até à tal ponte, não pensando na hipótese que de carro seria mais rápido. Após correr demasiado, encontro a loira sentada na ponte a enxaguar as lágrimas. 

Sento-me ao seu lado e pego na sua face, beijo-a logo e esta retribui. - Eu amo-te imenso, sabes? - conto, apesar de já o ter-lhe dito.

- Eu sei. - baixa a cabeça ainda a chorar. - Mas eu não consigo. - levanta-se e faço-o também, agarrando gentilmente na sua mão.

- Não me faças isso. - peço.

- Luke, eu também te amo, imenso até, acho eu. - passa as mãos pela cabeça. - Mas isto aterroriza-me, sentir-me tão independente de alguém. Não és um qualquer, mantêm isso na cabeça, nunca senti algo tão forte por uma pessoa, mas eu apenas não estou preparada. 

Decido então dar-lhe espaço e ir embora. Começo a correr, não quero que a Kylie me veja a chorar. Quando estou a a passar a passadeira, ouço uma buzinadela. Um carro vem contra mim e sinto tudo a doer externamente, como internamente. Ao fim de apenas dois minutos no chão a dor começou a desvanecer, como por magia. Ouço a sua doce voz a chamar-me e, de repente, todas as cabeças que estavas a olhar para mim e que tinham chamado a polícia, desaparecem e vejo-a. 

- Luke, não, não, não. Por favor não vás, não me deixes. - começa a chorar

- Promete-me que nunca me esquecerás. - peço fracamente.

- Não é preciso prometer, nunca te esquecerei, mesmo que queira. - deixa mais lágrimas cair.

- Eu amo-te tanto, Kylie. - sorrio fracamente. - Tanto.

- Luke, não me deixes, não, eu amo-te imenso. - começo a ouvir o barulho da ambulância. 

Sinto ela a chamar-me mais algumas vezes, tentando manter-me acordado, mas os meus olhos fecham. 

Broken Pieces {lrh} ptWhere stories live. Discover now