33 - CAINDO A MÁSCARA🖤

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— Seu namoradinho deve estar aproveitando a vida com várias modelos, se esbaldando enquanto você fica aqui esperando por ele.

Tentou não perder o controle, queria entrar em seu carro e sair dali imediatamente, mas quando estava de costa para abrir a porta do carro ele a puxou pelo braço.

— Eu vejo um futuro brilhante pra você, pois é dona de um talento incrível, mas se continuar com ele, vai perder tudo para se tornar apenas uma dessas mulherzinhas que vivem de eventos sociais e capas de revistas, eu não posso assistir isso de braços cruzados.

Ela respirou fundo, e se virou ficando de frente pra ele.

— William, você não tem o direito de me tratar assim. Não te devo explicações alguma, mesmo assim vou te dizer algo: Antony é dono de um caráter que você não tem, e se algum dia eu abandonar tudo por ele, tenho certeza que valerá a pena, pois sei que me fará a mulher mais feliz deste mundo. 

William ficou em choque com aquela resposta. Sarah o viu dar um soco no teto do carro, foi inevitável não se assustar. Enrijeceu seu corpo contra a porta do veículo e seus olhos estavam dilatados de medo. Talvez por esse motivo William percebeu que estava extrapolando e imediatamente se acalmou a soltando. 

— Me desculpe, eu não deveria ter agido assim.

Ele parecia confuso, e passava as mãos pelos cabelos desesperado, percebendo o que havia feito.

— Tudo bem, William, só me deixa em paz!

Essas foram suas últimas palavras antes de entrar em seu carro e sair imediatamente deixando ele para trás sem desejar olhar pelo retrovisor, estava com muita raiva daquele homem.

Mas ainda tinha um problema: Não havia conseguido assistir o jogo, então o que diria para Antony?

*

Quando estacionou o carro no prédio, Sarah ainda passou alguns minutos tentando refletir sobre o que tinha acontecido. Antony tinha razão, o doutor estava interessado e é claro ela também já havia notado, talvez devesse ter o colocado em seu devido lugar, apesar de que ele nunca havia se manifestado de forma tão visível, e agora tinha passado de todos os limites.

Ela retirou sua bolsa e subiu. O apartamento estava cheio de garrafas, faixas e lixo de aperitivos, Yanna ajudava Clair com a limpeza.

— Sarah, o que aconteceu, onde você estava menina?— Clair perguntou assustada com seu estado, ela estava com seus cabelos e roupas úmidas e desgrenhados.

Sarah bufou.

— Ahh é uma longa história, Clair — disse desanimada olhando ao seu redor.— E o que houve, o pessoal já se foi?

Desta vez foi Clair quem bufou.

— Sim. Não tinha graça continuar depois que o time asiático perdeu o jogo.

Sarah levou as duas mãos no rosto desolada, não acreditava nisso, aquele era um jogo importante para o time.

— Poxa, Clair. Eu estive sem rede durante a chuva. Não consegui acompanhar a partida.

Clair continuou ajudando Yanna com o lixo.

— Pois é, minha filha. Antony deve estar arrasado, ele ainda não ligou.

— Vou tomar um banho e venho ajudar vocês. — disse saindo.

— Não precisa, pode tomar um banho e descansar, eu e Yanna terminamos aqui.

Sarah entrou para o quarto tomou um banho rápido, assim que saiu do banheiro seu telefone tocou e a imagem de seu namorado apareceu na tela. Ela respirou fundo ainda pensando no que dizer e atendeu.

Ligação On

— Oi, meu amor.

— Oi — respondeu em tom desmotivado.

— Imagino que você esteja péssimo.

— Sim, não conseguimos nem um empate, talvez nos pênaltis teríamos chance. Você viu aquele lance...

Ele disparou a contar detalhes da partida e ela sentiu um peso em sua consciência, não poderia mentir, por mais que ele ficasse bravo, merecia a verdade.

— Antony...— Ela o interrompeu.— Eu não assisti o jogo. — houve um silêncio e ela viu sua expressão mudar, mesmo assim continuou. — Sei que você vai ficar chateado, tem toda razão. Mas eu preciso ser sincera com você. Acabei de chegar, Dr. George me pediu para representar o centro em uma entrega de doações, a chuva me pegou no meio do caminho, meu pneu furou e eu fiquei sem sinal de telefone... — Antony continuou em silêncio. — Eu sei que parece uma desculpa esfarrapada e pode ficar bravo eu compreendo, sou uma péssima namorada...

Era notório que ele estava chateado, mas diferente do que ela imaginava, Antony respirou fundo e falou calmamente.

— Você não perdeu nada, foi um jogo horrível.

Ela ergueu a cabeça e o encarou surpresa.

— Mas...

— Tudo bem, essas coisas acontecem, você foi sincera, meu amor.

Ela sentiu outra pontada no estômago, ele estava sendo compreensível e disse que ela foi sincera, então acreditava que devia contar tudo, principalmente sobre William. Mas talvez não fosse uma boa ideia.

— Antony... eu não estava sozinha. — Ela escolheu as palavras para usar com todo cuidado. — Precisei acompanhar o Dr. William.

Percebeu Antony ficar cada vez mais tenso, porém se esforçava para não perder o controle.

— Você está falando sério!? — Ele falou incrédulo.

Ela confirmou com um gesto de cabeça.

Pode vê-lo ficar cada instante mais nervoso. Mas Antony era um cara sensato e confiava em sua namorada. Ele se esforçou para não perder a cabeça como da última vez.

— E o que eu posso fazer se esse cara é seu chefe? Pelo que vejo é inevitável que vocês dois não fiquem juntos. Sarah, por mais que eu odeie esta ideia, não posso ter uma crise toda vez que você estiver com ele. 

Ela não conseguiu acreditar que Antony estava reagindo daquela forma, tão maduro, era impossível não amar aquele homem.

— Antony, eu te amo! Queria você aqui agora para te abraçar forte.

Viu Antony sorrir do outro lado.

— Fico feliz, eu também te amo minha linda.... Agora, vamos parar de falar daquele babaca...

Ela suspirou contente.

Ainda ficaram algumas horas conversando e Sarah se sentiu aliviada por ter dito toda a verdade. Quer dizer quase tudo, não falou nada sobre as palavras absurdas que William tinha lhe dito, mas se contasse sobre isso seria muito arriscado, seu namorado seria capaz de vir no primeiro voo somente para colocar o doutor em seu devido lugar.

Então ela soube que tinha feito a coisa certa.

TORCENDO POR NÓS (Completo e Reescrito)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu