❧ 4.2

400 22 4
                                    

|Aquele do drive-in|

Calço as minhas inseparáveis botas pretas de cano baixo, pego meu celular que esta em cima da cômoda e saio do quarto. Ao chegar no andar de baixo vejo Tom sentado no sofá da sala mexendo em seu celular, caminho até ficar em sua frente, quando o mesmo percebe minha presença ele sobe o seu olhar até meu rosto e sorri para mim.

"vamos?" – pergunta

Estendo a mão para ele confirmando a sua pergunta. O garoto entrelaça nossos dedos e se levanta do sofá. Saímos pela porta principal do apartamento e logo entramos no elevador que por sorte estava no nosso andar.

Ao chegarmos no carro, Tom abre a porta para que eu pudesse entrar no veiculo e em seguida ele se direciona para ao lugar do condutor.

"então onde você está me levando?" – me viro olhando para ele

"desiste, você só vai saber quando chegarmos lá" – ele fala e eu bufo em frustração – "alias a roupa que você escolheu está perfeita para a ocasião"

"gostou? esse vestidinho serve para qualquer momento e lugar, é uma roupa versátil meu amor, além de que é da minha cor favorita"

"eu não entendo essa coisa que mulheres tem com roupas"

"claro que não entende" – reviro os olhos – "para vocês é só colocar uma calça e uma blusa qualquer que já estão prontos"

"não é tão simples assim, ok?" – ele desvia o olhar da estrada por alguns segundos

"TOM A ESTRADA!" – grito e o mesmo se assusta voltando a olhar para a frente

"lottie você me assustou!" – ele fala meio atordoado

"desculpa!" – respiro fundo – "me desculpa" – falo mais calma – "é só que aquele sonho estupido ainda está  na minha cabeça"

"tudo bem" – ele diz compreensível – "mas não faz mais isso, você quase me matou do coração"

Encosto a cabeça no vidro do carro e fecho meus olhos tentando afastar a lembrança daquele sonho da minha mente. Tom em um gesto de conforto pega a minha mão e entrelaça nossos dedos. Ele não fala nada, como se estivesse esperando o meu tempo para me acalmar e voltar a puxar assunto. Ficamos apenas com a música suave que tocava no rádio e com ele fazendo carinho nas costas da minha mão com seu polegar.

Observo o caminho que estamos fazendo e percebo que estamos saindo da cidade, meu deus onde esse menino esta me levando? Eu confio nele, por isso estou aqui, mas a curiosidade é uma coisa incontrolável.

"não tem a mínima chance de você me dizer onde estamos indo?"

"aquieta o cu moore, daqui a pouco nós chegamos e você vai ver" – ele diz em tom de brincadeira – "você parece aquelas criancinhas que ficam perguntando de se já chegou"

"o que eu posso fazer? está no meu DNA, é que eu sou" – ele da uma leve risada do meu comentário

"a única coisa que precisa saber é que deu trabalho e que você vai gostar, assim eu espero" – diz a ultima parte baixinho

"interessante" – volto a olhar pela janela tentando adivinhar o lugar somente pelas placas que tem na estrada – "mais quanto tempo você acha?"

"para?"

"para chegar no lugar do nosso encontro ué"

"falta pouco amor, o lugar não é tão longe assim"

"você sabe que eu odeio surpresas né? elas me deixam irritada, eu gosto de saber das coisas, até porque acredito que eu sou uma das pessoas mais curiosas que eu conheço"

The summer house • Tom HollandOnde as histórias ganham vida. Descobre agora