Capítulo 27

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Tate

Naquela manhã quando peguei o avião no aeroporto, acabei encontrando Scott, amigo do Peter e aparentemente o mais novo ídolo da minha irmã de dezessete anos. O observei da sala de embarque abraçando uma garota como se não a quisesse soltar e deixa-la ali, ela beijou seu rosto com um sorriso e eles soltaram a mão um do outro em relutância. Senti uma pontada de inveja dos dois. Eles eram estranhamente perfeitos um para outro e depois de ter me sentado ao lado dele durante aquele voo notei o quanto ele gostava dela e talvez ela não soubesse, o que me deixou relativamente feliz e triste ao mesmo tempo.

Queria que as coisas entre mim e Peter pudessem ser diferentes e que ele também fosse um motivo para que eu quisesse permanecer na Califórnia assim como Scott, mas Peter era uma das muitas razões de eu ter que partir.

Assim que o avião pousou em Nova Iorque apenas deixei minhas malas no hotel e me encontrei com o corretor que me levou para olhar milhares de apartamentos ao redor da cidade.

Não foi muito difícil escolher um.

Ele não era muito grande e eu não esperava que fosse, alias eu iria morar sozinha e dois quartos pequenos, uma sala conjunta a uma cozinha e uma varanda em meio a grades janelas com uma vista privilegiada da grande cidade parecia o suficiente para mim e para Tillie que estava se programando para vir me visitar e talvez conseguir ingressar em alguma faculdade próxima de onde eu estivesse.

Aproveitei o resto do dia para terminar a apresentação que eu tinha aquela noite os slides estavam perfeitos e eu tinha tudo pronto em minha mente, mas estava começando a ficar nervosa enquanto me arrumava para sair daquele hotel e ir até a filial da empresa apresentar o projeto, e a única coisa que ainda aliviava um pouco de toda a minha tenção era saber que Louis e Peter estariam ao meu lado.

Encontrei Peter em uma sala vazia com seus pensamentos perdidos em alguns papeis, até que ele sentiu minha presença e seus olhos se voltaram contra mim.

Eu sentiria falta de seus olhos azuis escuros e da maneira que ele me olhava, como se eu pudesse ser algo mais.

- Então, tudo pronto? – ele perguntou em meio a um sorriso confortante.

- Sim – assenti me aproximando de sua mesa – O que é isso?

Olhei para os papeis a sua frente que se pareciam como uma planta feita por um arquiteto.

- É a futura planta do nosso escritório na Inglaterra – ele me encarou com os olhos brilhantes como uma criança que havia acabado de ganhar algo que queria muito.

- Isso significa que? – o olhei surpresa.

- Se tudo correr bem na apresentação do seu projeto e eu conseguir o espaço em uma reunião que irei ter agora, sim, vamos expandir os negócios da companhia direto para Europa – ele sorriu entusiasmado.

Eu sorri da mesma maneira, aquilo era uma noticia e tanto.

- Espere, você disse que tem uma reunião agora? – olhei para ele, meu sorriso desaparecendo aos poucos.

- Sim.

- Mas, a apresentação do meu projeto é agora também.

- Eu sei – ele disse dando a volta a mesa para ficar mais perto de mim – Sei que estava esperando que eu estivesse presente, mas, ambos sabemos que você consegue fazer isso sem mim.

INSTANT CRUSH (REESCREVENDO/REVISÃO)Where stories live. Discover now