Capítulo 26

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Peter

Anna estava vestida em um vestido sem alças branco que muito valorizava as curvas de seu corpo. Eu seria um puto de um hipócrita se não a elogiasse. Seu cabelo estava maior do que quando ela foi embora para França e eu também estaria mentindo se dissesse que aquilo não me agradava.

Ela estava bonita como sempre tinha sido e meus sentimentos eram confusos em relação a ela.

Se Anna tivesse me ligado ou aparecido na minha frente meses atrás eu provavelmente teria surtado e perdido completamente a cabeça, mas agora ela estava ali a minha frente no que costumava ser o nosso restaurante preferido sorrindo para mim enquanto conversávamos sobre nossas vidas como se nada houvesse mudado e eu já não me via mais tão interessado nela. Caralho, o que havia de errado comigo?

No fundo eu sabia que por estar confuso e completamente perdido naquela semana tinha aceitado aquele jantar, mas não estava nem um pouco afim de realmente sorrir. Queria saber entender o que ainda havia entre mim e Anna ou o que poderia acontecer, mas de repente já não fazia mais sentido tentar descobrir aquilo.

- Você parece perdido em pensamentos – Anna comentou levando a taça de vinho aos seus lábios vermelhos – Algo que você queira compartilhar?

Ela me olhou curiosa e com um sorriso gentil.

- Não – balancei a cabeça em negativo deixando que um sorriso não muito animador escapasse dos meus lábios.

- Aquela garota que conheci no outro dia, então vocês trabalham juntos?

- Sim, mas não por muito tempo ela vai se mudar para Nova Iorque – tentei não demonstrar o quanto aquela merda me afetava.

Eu não queria que Tate fosse embora, mas não me via no direito de impedi-la embora aquilo estivesse acabando comigo.

A cada momento que uma garota nova aparecia para fazer entrevista eu simplesmente não conseguia imaginar em substituir Tate. Era praticamente impossível, nenhuma era boa o bastante por mais que o currículo fosse impecável ou a comunicação estonteante.

- Nova Iorque é uma cidade incrível – comentou Anna me encarando do outro lado da mesa.

- Foi o que ela disse – as palavras escaparam da minha boca em um pensamento alto.

Ouvi o som da risada de Anna e então voltei a encara-la, me perguntando o que eu tinha dito de tão engraçado.

- Vocês são mais do que apenas colegas de trabalho, certo? – suas sobrancelhas se ergueram com curiosidade.

- Por que acha isso?

Anna deu de ombros descontraída pousando sua taça sobre a mesa e debruçou seus braços sobre ela.

- Você gosta dela – ela disse chamando minha atenção.

- Engraçado você dizer isso, porque ela meio que insinuou o mesmo sobre você.

- Sério? – Anna soltou mais uma vez uma risada divertida me encarando enquanto seus olhos brilhavam entusiasmados – Bem e eu não posso discordar dela.

A encarei naquele exato momento me perguntando de onde tinha saído todo aquele convencimento.

- Você gosta de mim Peter, mas, você já não me ama mais – ela sorriu de uma maneira triste se recostando na cadeira mais ainda me olhava de uma maneira gentil.

INSTANT CRUSH (REESCREVENDO/REVISÃO)Where stories live. Discover now