34. Sagitário

98 18 27
                                    

Com o Uber, chegamos rápido à casa de Thomás. Não me importei em ser cuidadosa, fechando sua porta ruidosamente e beijando seus lábios para que ele não tivesse tempo de reclamar do barulho.

Puxei-o para que deitássemos no sofá, sem dar tempo para que ele nos guiasse até o quarto. Eu o queria em todos os cômodos daquela casa e sentia o frio na barriga crescer a medida em que nos despimos com facilidade. Continuamos a nos beijar, envolvidos naquele momento só nosso. Enquanto eu o tocava, sentia seus dedos fazerem um trabalho excelente em minha própria intimidade. Não demorou para que eu estivesse pronta para recebê-lo.

Thomás alcançou o preservativo em sua carteira e o vestiu com agilidade, me penetrando em seguida. Nossos movimentos eram calmos e ritmados. Nossos lábios continuavam conectados enquanto gemíamos baixo em uníssono. Nossos corpos suados estavam colados um ao outro, minhas unhas arranhando suas costas enquanto minhas pernas se entrelaçavam na sua cintura.

Mesmo em meio à escuridão, eu conseguia ver a luxúria em seus olhos. Quando estávamos próximos do ápice, o garoto tirou-se de dentro de mim e sentou no sofá, me fazendo entender de imediato o que ele queria. Me posicionei em cima dele, passando a me movimentar enquanto sentia suas mãos agarrarem com força as minhas curvas. Quando já não era mais possível conter os gemidos, beijeis seus lábios com força e aumentamos nossas investidas, fazendo-nos chocar nossos corpos e chegar ao ápice do nosso prazer.

Ofegantes e com as pernas trêmulas, decidimos que seria uma boa ideia irmos para o quarto. Recolhemos as roupas em meio à escuridão e chegamos ao seu quarto, fechando a porta e deitando na sua cama.

- Uau. - Foi o que ele disse enquanto eu ria.

- Talvez devêssemos fazer na cozinha mais tarde. - Sugeri.

- Julia, as pessoas comem naquela cozinha. - Thomás disse, rindo da minha sugestão.

- Você é muito certinho. - Fiz uma careta. - Se fosse por mim, teríamos feito no cemitério, no carro, na cozinha, no banheiro... - Comecei a numerar cada lugar com os dedos da mão.

- Ou seja, seríamos presos por atentado ao pudor ou pegos pelos meus pais. - Thomás balançou a cabeça negativamente. - Você é maluca.

- É você quem gosta da maluca. - Dei de ombros.

- Eu a amo. - Thomás confessou, selando nossos lábios.

- Eu também te amo. - Sussurrei contra seus lábios, iniciando mais um beijo.

Passamos a maior parte do tempo trocando carícias e conversando. Em algum momento em meio àquela conversa, nós adormeci.





- Julia. Julia, acorda.

Alguém tentava me acordar, chacoalhando meu corpo enquanto eu resmungava, me virando para o outro lado e pretendendo voltar a dormir.

- Julia, nós perdemos a hora. Já é quase meio dia. - A voz de Thomás sussurrava com urgência.

Foi então que eu percebi o que tinha acontecido, me sentando na cama e continuando a me cobrir com o edredom dele, acostumando meus olhos à claridade que entrava pela janela aberta do garoto.

Havíamos dormido e nenhum de nós colocou o despertador para que eu pudesse ir embora antes dos pais de Thomás acordarem. Tapei a boca, contendo a risada que queria sair no momento de desespero.

- Julia, pelo amor de Deus, você não vai ter uma crise de riso agora. Você precisa se vestir. - Thomás recolhia minhas roupas, colocando em cima da cama.

- Calma. - Pedi, respirando fundo e começando a me vestir. - Estou tão apavorada quanto você. - Garanti.

- Não sei como vamos sair ilesos dessa. - O garoto disse, espiando pela porta do seu quarto.

Não Acredito Em SignosWhere stories live. Discover now