Episódio 10 - E Restam Apenas 3 : Parte 3

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— Também sim. A Raquel...

— E aqueles dois estavam...

— Acho que deu pra perceber bem o que os dois estão fazendo... — ele sorri de lado.

— Mas quando foi que os dois... — ah, muito obrigada cérebro por me proporcionar essa inabilidade de formular frases completas.

Se bem que eu acho que posso ter um pequeno desconto, já que o choque foi grande ver o Fontanza e a Raquel trocando um beijo pra lá de quente.

— Bem, eu até que imagino quando foi que ele começou a sentir alguma coisa por ela, mas ele só teve coragem de vir falar comigo hoje pela manhã...

— Ah sim, claro... E era isso que você queria falar comigo?

— Era um dos pontos que eu queria abordar com você. Mas o que eu quero mesmo é isso — ele segura o meu rosto entre as mãos quentes e na medida certa de delicadeza e urgência que só ele sabia imprimir, aproxima os nossos rostos e me dá um beijo.

Logo sou imergida na profundeza daquele beijo e vou afundando calmamente nos meus sentimentos. Meu corpo reage sem demora, meu coração pulando, perdendo e encontrando umas vinte batidas.

Seus dedos serpenteiam pelo meu corpo e sinto o seu sorriso quando ele abandona minha boca e encontra um ponto atrás da minha orelha, me fazendo apertar os dedos do pé de tão bom.

Ele facilmente me faz perder a capacidade de raciocinar, e depois que ele para de me beijar, tudo o que consigo fazer é abrir um sorriso lento.

Sei que devo estar com a maior cara de boba, mas não consigo me importar com isso.

— Seu rosto depois de um beijo é uma das coisas mais adoráveis que eu tive o prazer de ver na minha vida... — ele dá um beijo na ponta do meu nariz.

Coma  mesma velocidade que ele me deixa nas nuvens com sua boca, suas palavras em fazem recobrar parte da sanidade. E junto dela, vem um fluxo intenso de sangue pro meu rosto, me fazendo corar violentamente. Antes que eu possa falar alguma coisa, ele já está complementando.

— Mas com certeza seu rosto pós-beijo perde para o seu rosto envergonhado. Isso sim é uma obra de arte...

— Chuck! — falo um pouco mais alto, e acabo por esconder o meu rosto no seu peito, para que ele não possa me ver entrando em combustão.

O abraço que ele me dá se aperta e sinto o seu sorriso no topo da minha cabeça.

— Sabe de uma coisa? Eu pensei que fosse ser bem mais difícil pra mim essa coisa de deixar as coisas bem claras com vocês... Mas admito que estou gostando bastante dessa comunicação por letreiros luminosos...

— Que bom que você parece estar se divertindo com isso. Já da minha parte é um tanto quanto injusta... Não sei se o meu coração aguenta escutar suas doces palavras...

— Aguenta sim... E outra coisa, posso não ser um cardiologista, mas não se esqueça que eu sou enfermeiro... Eu posso lidar com isso. Posso salvar o seu coração sempre que você quiser ou precisar...

— Tá vendo? Por essas e outras que eu não sei se aguento... E é reconfortante ver o quão confiante você é nas suas habilidades....

— Ah Catarina... Noventa e nove por cento do tempo, eu não posso ficar dependendo da Sorte ou Destino. Na maioria das vezes, confiança é tudo o que uma pessoa pode ter.

— Você tem razão, mas você sempre prova suas habilidades, você não é só da boca pra fora...

— Obrigada por isso — ele morde levemente o meu queixo. Escutamos algo bater e balançar dentro do depósito, logo seguido de risadas. — Mas que tal darmos privacidade ao casal? Me acompanha numa caminhada pela propriedade?

O que Acontece nos BastidoresWo Geschichten leben. Entdecke jetzt