Episódio 8 - Consequências & Aulas : Parte 2

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Não fala assim! Nunca quis que você ficasse doente.

— Eu sei disso, nem precisa dizer. Acho que me expressei mal. Também odeio ficar resfriado, mas é um preço que eu pagaria mais vezes por mais noites como a de ontem. Assim fica melhor? — ele é um perigo.

— Você sabe que sim...

— Se eu gostava de banhos de chuva antes, agora então... Eles vêm com uma lembrança muito agradável.

— Você é muito doce para ser um rockeiro sabia?

— Bobagem Catarina... Você mesma disse que eu, na condição que me encontro agora posso fazer o que quiser, na legalidade. Então se for para ser doce, que seja.

— Apenas reforça o meu pensamento...

Ele dá de ombros. — Catarina... Por favor, não pense nada errado. Longe de mim reclamar da sua visita, muito menos acho ela ruim, mas o que você está fazendo aqui?

— Ah sim claro... O chefe me pediu pra ficar de olho em você. Sabe, caso você precise de algo...

— Maravilha! Parece que ele estava realmente sentindo isso. Já que eu realmente estou precisando de uma coisa.

— O que é? Se eu puder ajudar...

— Preciso demais repetir aquelas doses de beijos que compartilhamos ontem, então se você tiver uma cura rápida no seu bolso, eu adoraria... Já que não acho que passar a minha doença pra você é uma opção legal.

— Você é um cara bem direto... — o sorriso que toma de conta do meu rosto é gigante.

— Ei! Nada de reclamar mocinha. Não sou muito acostumado a ser direto assim. Normalmente eu prefiro fazer essas coisas por meio de indiretas e olhares, já que sou um rapaz tímido, mas é que uma garota que eu conheci e fiquei interessado não entendia muito bem o que eu queria com ela, ainda bem que ela me mostrou o caminho, com letreiros luminosos...

— Essa garota... Parece ser uma pessoa um tanto quanto difícil de lidar... — brinco com ele.

— Mas nem de longe... Ela é encantadora. — ele sorri e limpa a garganta. — E só pra ficar com a consciência tranquila, essa mulher encantadora que conheci e que me interessei é você Cat!

— Essa eu tinha entendido... — acho que fico envergonhada, mas a felicidade ainda é intensa.

— Bom saber, mas não queria que você tivesse dúvidas... — ele se afasta um pouco, e faz um gesto exagerado, enxugando um suor inexistente da sua testa, com uma expressão bem exagerada e cômica de alívio.

— Algumas eu acerto... — sem saber o que falar, e para tentar aliviar um pouco a minha vergonha, resolvo mudar o foco da conversa para ele. — Mas de onde foi mesmo que você tirou que você é um rapaz tímido?

— Claro que sou!

— Pensa que me engana com essa coisa de timidez? Depois de ontem? — se aquele é um beijo tímido, não vou ter estruturas pra qualquer coisa a mais.

— Com certeza não é a minha intenção te enganar... Mas acredite, eu sou tímido às vezes. Pode não parecer, mas sou!

— Vou fingir até que acredito nisso.

— Mas é verdade! Mas você me fez perder a vergonha... Quer dizer... A frase saiu com um duplo sentido, mas acho que isso me favorece. É confortável ficar com você... E outras coisas também...

Suas bochechas ficam avermelhadas, e adorei ver aquilo.

— Você pode segurar a sua respiração por um momento? — ele pergunta do nada e fico um pouco confusa.

O que Acontece nos BastidoresOnde as histórias ganham vida. Descobre agora