Episódio 7 - Hoje, a Meia-Noite : Parte 3

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— Você está pensando agora que veio ao encontro com o irmão errado? — era pra ser uma pergunta triste, mas ele tem um sorriso nos lábios.

—Claro que não! O irmão do pôster está certinho... — a língua trabalhou mais rápido.

Lembro da foto que eu tenho colada no meu guarda-roupa na casa dos meus pais. Foi um pôster que comprei logo quando o Chuck adotou um corte mais curto em seu cabelo, e aquela mudança me fez suspirar alto e passei a olhar mais pra ele.

Só que o Bart já existia, e o nome ficou, mas a paixonite talvez tenha mudado.

— Você tem um pôster meu? — seu sorriso era tão amplo e divertido que foi impossível não me sentir contagiada por ele, mas mesmo assim tive que desviar o olhar.

Afinal, a vergonha é bem real, pois ele tinha acertado. Sinto minhas bochechas esquentarem e escondo o rosto entre as mãos. Será que dentro dessa cesta tem uma pá pra que eu possa me enterrar aqui rapidinho? Mas por causa do sorriso, tenho que ser sincera.

— Tenho — admito, falando ainda sem tirar as mãos do rosto, fazendo com que minha voz saia abafada e esquisita.

— Isso é injusto — ele fala e já ganha a minha curiosidade.

— Injusto? — abro os dedos, me permitindo analisar o rosto dele.

— É, injusto. Você tem uma foto minha e eu não tenho a mesma sorte... Sem fotos suas por aqui...

Meu queijo cai e eu retiro as mãos do rosto. Eu escutei isso certo, não escutei?

— E por que diabos você iria querer uma foto minha? — eu queria escutar dos seus lábios o motivo.

— E por que não? Você é linda Catarina. O jeito como seus olhos quase somem quando você ri é hipnotizante. Eu gostaria muito de ter uma foto sua. É injusto que você pode olhar pra mim sempre que quiser, mas eu não tenho a mesma sorte... Tá vendo como é injusto mocinha...

— Você sabe como roubar as palavras de alguém Chuck... — ele é um encanto. — Obrigada — não sabia mais o que fazer além de agradecer.

Ele dá de ombros e então fico olhando para o seu rosto. Chuck termina de tomar sua taça de vinho e então olha pra mesa. Então começa a guardar os potes e algumas coisas, liberando um bom espaço. Então fica de pé, e passa da cadeira para mesa, me estendendo a mão.

— Quer deitar aqui comigo? Eu amo olhar para as estrelas... Principalmente nos locais mais afastados da cidade. Elas brilham mais.

— Claro — aceito sua mão e depois de subir, uso as duas mãos apara ajustar o vestido na hora de deitar. Não consigo controlar a risada. — Mesmo as estrelas se escondendo da gente hoje...

— É, tem muita nuvem... Mas não parece que elas são ainda mais bonitas quando conseguem sair detrás das nuvens?

Algo naquela frase me fez virar a cabeça para encará-lo. Ele está tão concentrado, tão feliz, tão bonito, tão... Que só de olhar fez o meu coração disparar.

— Com certeza é bonito demais — falo olhando para ele, mas ainda bem que Chuck não percebe.

Então ergo o olhar para o céu, e ficamos uns momentos sem falar nada. E ainda em silêncio, a mão dele busca a minha, os dedos parecem meio incertos, mas quando entrelaçamos, me sinto arrepiar e acalmar na mesma proporção.

— Você está com frio? — só então percebo que o olhar dele está em mim, mais especificamente no meu braço, seus dedos passeiam suavemente pelo meu antebraço, o que faz com os arrepios se intensifiquem. Fica difícil de raciocinar.

O que Acontece nos BastidoresTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang