24 de Dezembro - Sim ou não?

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Era Véspera de Natal e a grande casa sempre tão vazia e silenciosa de tia Lourdes, era preenchida por conversas animadas e muitas risadas, enchendo- se de pessoas de todas as idades conforme os parentes da boa senhora iam chegando. Havia anos que a família de Day não se reunia com todas as tias e tios por parte de mãe após o falecimento de sua avó materna e toda aquela alegria trouxe para Day um ar nostálgico.

A única pessoa que faltava na casa, era Fernanda, irmã mais velha de Day por quem colecionava uma enorme saudade. Mas, sabia que infelizmente não seria possível a irmã aparecer, já que fazia intercâmbio fora do país. Por outro lado, Nathália, prima e melhor amiga de Day, havia acabado de chegar e quando a garota avistou sua prima, correu em sua direção dando um enorme abraço de alívio.

- Natháliaaa.. Sabia que tu é uma péssima prima? Quando mais precisei de você, você sumiu.

- Oi, pra você também, Dayane! Eu tô ótima e obrigada por perguntar.. - disse Nathália fazendo pose de séria. Ela já esperava que Day fizesse um pouquinho de drama quando a visse.

- Aí, desculpa. É que eu estava tão ansiosa pra vocês chegarem logo. Fala aí, como foi nas provas finais da faculdade?

- Eu fui bem. Apesar que a pessoa que você está vendo aqui na sua frente é só o bagaço da fruta, uma aparição mesmo. Porque meu corpo, alma e suor ficou todinho naquele lugar, aliás, a faculdade tá sugando minha sanidade e dignidade aos poucos também.. - Ambas riram. Day deu mais um abraço apertado na prima.

- Isso porque tu ainda tá indo pro quinto semestre..

- Nem me lembre, isso é só a metade ainda e não quero nem pensar quando estiver pra me formar. Mas, chega de falar de coisas tristes, né? E você prima? Depois da viajem que tu vai fazer, pretende procurar algum curso?

- Pretender, eu pretendo. Mas, por enquanto eu só quero focar na viajem em Março mesmo... Mas, Nathi, mudando de assunto... Cadê seu irmão? O Jão, não veio?

- Ele veio, mas deve tá por aí com os outros. Por quê?

- Ele trouxe o violão dele? Minha mãe esqueceu de trazer o meu.

- O que você acha? Claro que trouxe!

- Ainda bem. Nunca fiquei tão longe de um violão por tanto tempo.

- Olha, os fetiches desta família são meio estranhos, né? Você, o Jão, Arthur Henrique, Vitão e até a Valentina que só tem 5 aninhos, são tudo grudados neste violão. Eu acho que eu, o Vitor Gabriel e a Aline, nascemos na família errada, viu. Só a gente dos primos que não canta nada e não toca nem pandeiro.

- Haha, engraçadinha. E pra sua opinião eu já tentei tocar pandeiro e não é nada fácil assim. - Nathi, balançou a cabeça negativamente dando uma leve risada e se voltando novamente para prima.

- Mas, Day, minha priminha querida! Me conta... Cê já conheceu alguém que vale a pena por aqui? Alguém interessante? - Nathi cutucou a mais nova com o ombro e sabe-se lá o porquê as bochechas de Day ganharam involuntariamente uma cor avermelhada indicando que de fato ela havia conhecido alguém.

- Cla-Claro que não! - Tentou negar quase que imediatamente.

- Ah, conheceu sim! Quem é? Fala logo..

- Não é ninguém!

- Oh, Dayane, para de me enrolar e conta logo quem é o boy..

- Boy? Que boy, Nathália? Cê acha eu vou ficar indo atrás de macho?

- Ah Day, fala sério! E tu acha que eu sou trouxa? Te conheço desde que nasceu...

- Nathi, te juro! Não tem boy nenhum... Maaas, tem uma garota..

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