00 | Prologo ou Case e não seja extraditado.

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"Jungkook, você vai ser deportado", talvez eu tenha parado de raciocinar aí, mas lembro ainda de tentar argumentar "Mas, meus pais são Coreanos", ao que parece no final, no que se refere extradição a  Coreia é bem rígida, porque o senhor me olhou ...

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"Jungkook, você vai ser deportado", talvez eu tenha parado de raciocinar aí, mas lembro ainda de tentar argumentar "Mas, meus pais são Coreanos", ao que parece no final, no que se refere extradição a  Coreia é bem rígida, porque o senhor me olhou com uma careta e disse, "Bem, eles estão mortos, você precisaria de um depoimento deles, sabe?" não, eu não sabia, e também não fazia ideia de que o governo daqui era tão atrasado,"Quanto tempo eu tenho?" parecia que eu estava perguntando sobre meus dias finais de vida, e talvez estivesse, porque se eu fosse extraditado perderia tudo, "Coisa de um mês, por ai, se você for bom em se esconder do governo".

Maldito momento para um conflito politico! 

- Você não é bem um imigrante, o Japão é bem aqui. - Yoongi disse como se essa constatação já não tivesse sido feita por mim, e como se isso resolvesse meu problema com o governo. 

- Meus pais são Coreanos e mesmo assim eles não se importam em me mandar numa caixa pro japão. - a amargura chega a escorrer dos lábios

- Talvez eles deixem você trabalhar de lá, Jungkook você é o melhor corretor daqui. - ergo a minha cabeça da mesa e estreito meus olhos, talvez essa não fosse uma má ideia.

Eu não era exatamente responsável por vender as casas, na verdade, meu dever na empresa era avaliar locais, fazer propostas de compras, e só então repassa-los para os reais corretores que então venderiam os espaços. E eu absolutamente amo meu emprego. Eu não sou rico por causa dele, mas eu era bom no que fazia.

- Você acha mesmo que essa é uma possibilidade? - perguntei mais para mim do que para o próprio Yoongi. 

- Qual é a sua outra opção? Casar? - Yoongi diz em um segundo, no seguinte eu estou de olhos arregalados, mas nem tenho tempo para uma resposta, porque a porta do meu escritório abre sem avisos, e o assistente geral entra todo atrapalhado carregando uma pilha de papeis. 

Jimin, o assistente novinho que é ababelado, arregala os olhos ao nós ver ali e perceber que mais uma vez, de muitas, esqueceu de bater na porta. 

- Oh, m-me perdoe senhor, eu e-esqueci... - ele aponta desesperado para a porta, enquanto tem a fala estranha por ter um pirulito na boca.

- Jimin, o que você está fazendo aqui no horário de almoço? - Yoongi diz, dispensando as desculpas desnorteadas do assistente geral.

Jimin possivelmente tem os menores olhos que eu já vi, mas no momento eles estão tão arregalados que ele chega a ficar estrábico, então ele aperta os lábios envolta do palitinho, enquanto fica um pouco corado. Ele é tão atrapalhado que me da a famosa vergonha alheia. 

- E-eu esqueci de entregar esses papeis ao senhor Jeon, e vim correndo, pensei que ele estaria fora por isso entrei sem  bater. - sua fala saí ruida por conta do doce na boca, e eu quero desesperadamente puxar aquele pirulito da boca dele para ajuda-lo nesse momento embaraçoso. 

- Então me dei os papeis. - peço, querendo terminar logo com esse constrangimento todo. 

Ele move a cabeça rapidinho, e quase tropeça quando vem depressa até a ponta da mesa pequena, ele põem os papeis na guia, e enfim leva as mãos livres até o pirulito na boca para livrar-se dele. Eu olho depressa para Yoongi, e o vejo com a boca retorcida para dentro, como se quisesse rir desesperadamente. 

- Tudo bem, Jimin. - eu digo quando percebo que ele não vai sair até que eu diga que pode, e de imediato ele se apressa para fora, e atrapalhado do jeito que é bate a porta com tanta força que até meus ouvidos doem. 

- Aposto que ele saiu correndo, ou que vai entrar em um segundo para pedir desculpas. - Yoongi diz e ergue o braço para checar o relógio, um segundo passa e Jimin não reaparece. - Saiu correndo. - contesta por fim. 

Eu fecho os olhos e minha vontade é de bater com minha cabeça em minhas mãos, tamanha é minha incredulidade e divertimento. 

- Quem diabos contratou Jimin? Eu preciso agradecer a essa pessoa! - digo, mal me controlando. 

Jimin, veio para cá há uns cinco meses mais ou menos, e eu achava que ele não iria durar uma semana, mas ele até que é bom no que faz, exceto por ser demasiadamente atrapalhado, ele faz um bom café, bate as papeladas direito e as entrega com eficiência, ele é o famoso faz tudo. 

- Eu acho que ele conseguiu através do programa de estagio, não sei, talvez ele faça faculdade. - Yoongi respondeu meio avoado, talvez pensando em como o faz tudo do Jimin conseguiu passar pelo RH, mas no momento eu tenho problemas mais sérios do que sanar a curiosidade sobre o assistente geral.

- Yoongi. - gemi, jogando meu corpo de qualquer jeito sobre a mesa repleta de papeis, - O que eu vou fazer? - indago perdido e um tanto quanto desesperado. 

Meu amigo ri um pouco, e eu estou prestes a manda-lo para longe por rir de mim numa situação tão seria quanto eu ser deportado para o Japão!

Mas então, ele diz; - Case com o Jiminie. 

Eu travo, até paro de respirar quando meu coração erra uma batida. Casar? Com Jimin?

- O que? - praticamente berro franzindo a minha cara toda em descrença. 

Yoongi da de ombros, e pega a minha caneta começando a apertar o botão provocando aquele barulho irritante enquanto diz; - Os chefes não vão aceitar que você trabalhe aqui lá do japão, é mais fácil você arranjar outro emprego lá, talvez começar uma vida do zero, ou... - ele faz essa pausa como se quisesse ser dramático - Case com alguém como o Jimin, e permaneça aqui. 

 

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Extradições & Casamento | Jikook!Where stories live. Discover now