*Áurea escura*

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Os trabalhadores encerram a musica e a dança e vão descansar.

Lorena senta-se em sua cama e pensa em uma maneira de conseguir fazer com que o Senhor Barão seu sogro não fique possesso com a oferta que lhe fará;

- Ora, ele terá mesmo que me agradecer! Quem manda dar prioridades a uma vida desregrada e voluptuosa, ele com certeza ceder-me-á metade de suas terras.

Ela deita-se, abraça o travesseiro e pensa em Augusto, seu corpo se aquece fora do comum.

Ela cora e sorri de alegria e felicidade, pois o dia mais feliz de sua vida está muito próximo.

- Augusto, como alguém pode sentir tanta felicidade e amor?! Você sinhozinho roubou meu coração e minha alma, meus pensamentos, e eu o amoooo!

Ela olha a claridade que passa pela janela sem cortinas e seus pensamentos são para o seu amor, até mesmo o sono foge-lhe á presença, enrolando-se em seu cobertor a saudades que sente de estar nos braços do seu amor vai roubando-lhe os sentidos, o sono vem de mansinho acariciar seus olhos. Ela adormece e sonha com seu amado.

Augusto chega, deita-se e o sono grande inimigo dos corações enamorados também tarda em chegar, e quando chega, trás os olhos, o sorriso o cheiro de rosas frescas dos cabelos sedosos de sua amada.

O luar desce por detrás da colina e o sol quente e amarelo mostra seu calor, acordando assim, todos para mais um dia de labuta.

O Barão salta de sua cama e com uma voz áspera e arrogante, como de costume acorda a baronesa.

-Cândida! Vá logo à cozinha e apressa aquelas negras para que o café saia mais cedo, irei a Ouro Negro agora pela manhã e não aceito demoras de sua parte e muito menos daquelas preguiçosas, vamos se avia!

- Estou indo meu marido! Não se apoquente o café deve de estar sendo servido agora mesmo

-É bom mesmo! Vá!

A Baronesa se levanta as pressas e apressa as mucamas, com isso todos se levantam e se achegam a mesa para o café da manhã.

- Papai hoje levantastes com as galinhas!

- Ora, partirei agorinha para Ouro Negro, não quero atrapalho, disse que iria cedo e assim cumprirei, pois palavra dada é palavra cumprida.

Vos mercê irás comigo Augusto?

-Não poderei ir tão cedo, tenho algumas obrigações na lavoura, nosso plantio está atrasado. Logo a tardezinha eu irei ver minha noiva, diga- lhe papai, por favor.

- Transmitirei a ela, e leve contigo para lavoura seu irmão ele terá que aprender a lidar com a fazenda, afinal de contas em três mêses você se casará e ele tomara seu lugar junto aos capatazes.

- Eu papai?! Não saberei nada! Sempre Augusto foi quem lidou com tudo.

-Por isso agora digo para ires aprender, vós mercê cuidará dos afazeres de seu irmão.

- Não seja um bebe irmãozinho! Já és crescido e Dara conta de tudo.

Vamos, já acabei meu café e temos muito que fazer! Você terá pouco tempo para o aprendizado, vamos!

A BELA DE OURO NEGRO Onde as histórias ganham vida. Descobre agora