THIRTY THREE | CRAZY PLAN

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Os gritos da Margot e todas as nossas discussões tinham sido mais altas do que realmente esperávamos ser e, por o shopping estar completamente vazio e destruído, o som ecoava bem mais alto do que deveria, o que acabou nos ocasionando o problema do qual Amon veio nos falar: atraímos mortos para nós mesmos.

As duas saídas estavam lotadas de mortos perambulando de um lado a outro, não conseguiríamos sair.

— Isso é o que dar ter duas histéricas no grupo — Karl nos culpou — Só podiam ser mulheres mesmo.

— O que foi que você disse? — Ayla perguntou com o facão em mãos e um olhar homicida, que colocou o Karl de volta no seu lugar.

— Precisamos pensar em uma solução — Carter disse, preocupado, andando de um lado a outro.

— É só continuarmos com o plano da Ninka — Aiken sugeriu.

— O quê? — eu perguntei confusa.

— Você quer que a gente continue com o plano maluco dela de queimar tudo? — Victoria perguntou com a testa franzida e os olhos alarmados.

Até eu concordava que aquele plano era insano demais, principalmente naquela situação.

— O meu irmão tem razão, o fogo vai atrair os mortos — Ayla o apoiou na sugestão.

— E vai nos queimar vivos, porque, não sei se você escutou, mas não temos por onde sair — Carter retrucou sem paciência, achando aquilo uma loucura.

— Não sei se temos outras saídas fora estas duas — Amon comentou, encostado na ponta da mesa molhada de uísque.

— Não precisaremos de uma terceira, só precisamos desocupar uma das duas — Aiken especificou.

— E como faríamos isso, exatamente? — Karl perguntou num tom debochado.

— Atraindo os mortos para uma saída só — eu respondi, entendendo o ponto de vista dos gêmeos.

— O problema é só a forma como faremos isso daqui de dentro, porque sair é arriscado demais — Ayla colocou outra questão em jogo.

— Você disse que os nosso gritos tinha atraído os mortos, num foi? — Margot perguntou para Amon que assentiu — E estávamos nessa sala enquanto gritávamos, então talvez se gritássemos mais perto de uma das portas, isso iria direcionar o som para um lado só — sugeriu uma solução.

— Não precisamos gritar — eu disse com uma ideia em mente — Só precisamos fazer barulho.

— Batendo na porta que não iremos usar — Aiken completou o que eu tinha em mente e eu assenti com um sorriso.

Ainda me impressionava a forma como estranhamente sabíamos o que se passava na cabeça um do outro.

— Vocês só esqueceram de um detalhe: está de noite, e pelo que eu me lembre, vocês disseram que não era confiável sair durante a noite — Carter disse diretamente ao gêmeos.

— Não podemos ficar aqui — eu disse preocupada, principalmente por conta do meu tempo que estava se esgotando.

Aquele vírus iria começar a se espalhar pelo meu corpo e eu estaria morta logo.

— Não podemos nos arriscar — Carter rebateu.

— Vocês só têm que se preocuparem em sair daqui, o restante eu e o meu irmão cuidaremos — Ayla tomou a frente, decidida.

— Cuidarão como? — Carter insistiu, totalmente inseguro sobre a ideia de sairmos dali.

— A próxima cidade não fica longe e temos alguns contatos por lá, nos darão abrigo para passarmos o resto da noite e, pela manhã, já estaremos no Distrito — Aiken explicou passo a passo do seu plano, deixando todos mais calmos.

— Só precisamos arranjar um jeito de fazer barulho — Margot voltou ao tópico da conversa e eu sorri, sabendo exatamente do que precisava.

Fui até a mesa redonda e puxei uma das cadeiras de madeira, a levantando pelo apoio das costas e a batendo com força contra o chão, o que fez com que as suas pernas quebrassem. A joguei de lado e peguei os pedaços de madeira que estavam soltos, me virando em seguida para os meus amigos que me olhavam chocados.

— Por que ainda estão parados? Vamos logo com isso! — eu os apressei.

Entreguei os paus para Victoria, que foi com Amon bater na porta que tinha a placa restrita. Margot começou a se despedir de Charles, ela colocou as suas antigas roupas e cobriu o corpo do namorado com o seu vestido. Karl e Carter começaram a empacotar todas as nossas comidas e bebidas. Ayla e Aiken pegaram os móveis para botarem no corredor para servirem como obstáculos. Eu fiquei responsável por terminar de espalhar o restante do uísque e, quando todos terminamos, nos encontramos na escada de emergência.

— Agora preciso que alguém abra a porta enquanto eu causo o incêndio — eu disse.

— Eu vou — Aiken se ofereceu.

— E eu ficarei atrás da barreira para derrubar os que vierem atrás de você — Ayla disse para ele.

— Eu também ajudo — Carter se prontificou.

— Ótimo! — eu me virei para os demais — Karl, preciso que saía pela segunda saída e limpe o corredor do segundo andar sem barulho. Meninas, carreguem tudo o que conseguirem para o lado de fora. E, Amon, você precisará ficar na porta para fechá-la depois que passarmos.

— Ok — eles disseram em uníssono.

Okay, era agora ou nunca.

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NERVOSÍSSIMA

Quarta-feira, 3 de outubro

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Quarta-feira, 3 de outubro. Sabem o que isso significa?

Espero que todos estejam usando rosa. A Regina George que habita em mim saúda a Regina George que habita em vocês.

Ninka Baker e Os RecrutasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora