I - Cidade e Lobo

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Nota do Autor: 

• A história "Lobos não Choram"  é totalmente original, escrita por mim e postada inicialmente no site Nyah Fanfiction, no dia 03 de junho de 2014 (03/06/2014) às 19:25pm. Durante muito tempo ela só foi publicada neste site, mas decorrente de vários pedidos dos leitores que eram usuários do Wattpad, finalmente decidi postar aqui. Devo avisar que a história começa leve, mas ao longo dos capítulos se torna mais "pesada" e não é recomendada para menores de idade. Tem linguagem e cenas não recomendadas para menores de dezoito anos (18). Caso for menor de idade e tiver qualquer opinião negativa sobre a história; não me responsabilizarei por isso. Cada um tem consciência do que lê e o aviso se encontra dado.

 • É encontrada apenas no Nyah!Fanfiction e Wattpad se acharem em outro lugar é fruto de plágio.
• Esta história está protegida pelo "Art. 18 – A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de registro. Art. 19 – É facultado ao autor registrar a sua obra no órgão público definido no caput e no § 1º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973."

• Sempre é bem-vindo comentário. Deixe sua opinião sobre o capítulo e se gostar, recomende se quiser.   

  Assinado, Koryander.   

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LUCE 

Lucinda... – Meu pai me chama, olhando para mim pelo retrovisor do carro.

–Não me chame de Lucinda. – Respondo com o máximo de ignorância que posso, não levantando o olhar para vê-lo.

Eu odeio este nome. Quem hoje em dia se chama Lucinda? Esta certo que foi em homenagem a minha falecida avó, mas... qual é ? É um nome ridículo e eu não suporto quando me chamam por ele completo. Além do mais, estou com muita raiva, o que piora ainda mais minha ignorância com meu pai. Roger Dickinson .Um escritor nada famoso e que ainda está tentando subir em sua carreira. Infelizmente nenhum dos livros ou documentários que ele fez à editora gostou, fazendo com que estivéssemos em uma viagem para a nova cidade longe e pacata, rodeada de mato e floresta para meu pai buscar inspiração.

Lembro-me de que, sem meu pai saber, fui até a sua área de trabalho implorar para que nós ficássemos a onde estávamos. Porém a chefe da coordenação falou em alto e bom tom "Infelizmente seu pai não nos faz falta aqui... Sinto muito Lucinda... A única chance que seu pai tem é ir para este lugar, que é um pouco longe, admito. Ninguém da editoria quer ir para lá, só nos restava seu pai..." Eu não a culpo. Coitada ela era uma ótima chefe e lembrou até de meu aniversário, trazendo a pequenina bailarina de porcelana, que eu embrulhei com muito cuidado. Mas no final das contas foi isto, abdicamos da linda e ensolarada Califórnia dos Estados Unidos para uma pequenina cidade no oeste do Canadá.

–Luce, eu sei que você... – Roger começa enquanto dirige e eu aumento ainda mais o volume do celular, para que os fones de ouvido tapasse cada vasculho de sua voz e estourasse meus miolos. Finjo que nem sequer o ouvi falar e concentro-me em ver o mato e floresta pela janela do carro, contando cada árvore maior que 2m e 15cm e daí por diante foi a nossa viagem. Entre paradas em posto de gasolina, hotéis de estradas e a própria estrada com campos isolados.

Perdi a conta de quantas vezes cochilei no banco, até Roger me acordar com um sussurro.

–Lu querida, nós chegamos.

Lobos não ChoramOnde as histórias ganham vida. Descobre agora