Capítulo 7

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QUARTA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2122

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QUARTA-FEIRA, 1º DE ABRIL DE 2122.

Lola fechou os livros de História, devolvendo-os para as estantes da biblioteca e fechou o zíper da mochila depois de estudar com Daniela. Metade do trabalho sobre o Poder Liderativo já estava pronto. Agora faltavam apenas os slides e a apresentação final na próxima semana.

— Posso conversar com você? — Lola perguntou para Daniela quando a biblioteca ficou vazia.

Daniela estranhou a pergunta, mas assentiu. Estava confusa. Fechou a cara e cruzou os braços. Daniela era uma cabeça mais baixa que Lola, tinha cabelos escuros e usava óculos, fazendo-a mais parecer mais velha.

— O que foi? — Quis saber.

Lola respirou fundo, formulando as frases antes de realmente verbalizá-las.

— Você se lembra do que viu no campeonato no ano passado? — Lola disparou o questionamento. — O lance do meu irm...

— Sim — Daniela interrompeu Lola quando o professor Micaías entrou pela biblioteca. Esperou que ele se afastasse para continuar. — Eu me lembro! Ele estava aos beijos com o filho do juiz debaixo da arquibancada!

— Você apagou aquela foto? — Lola investigou.

Daniela fez que sim.

— Depois que eu expus os dois para o Sérgio, sim — disse com uma risada debochada. — E pelo visto o namoro dos dois já era, não é? Pelo menos, agora você não precisa mais fingir namorar com o namorado do seu irmão, Lola. Fiz um favor para você.

Lola respondeu dando-lhe uma bofetada seguido de um empurrão que jogou Daniela ao chão. Os óculos dela voaram. Ela ajeitou a mochila nas costas. Lola a fitou com ar superior e pisou sobre a armação dos óculos.

— Isso é só para você se lembrar que não se deve mexer com uma Luporini! Ameace meu irmão mais uma vez e eu te enterro viva! — Lola murmurou, e então saiu a toda velocidade para o encontro com Otávio, descendo as escadas do Advanced School.

Daniela se recompôs, pegando o que havia restado dos óculos, sentindo a raiva borbulhar em seu peito. Não gostava de admitir aquilo, mas se pegou pensando que não seria de todo ruim se Lola tivesse o mesmo destino da mãe. Não seria tão ruim se Lola Luporini morresse.

***

Lola entrou pela porta do boulevard do Vechiatto feito um furacão. Otávio estava sentado em uma mesa reservada, perto do restaurante de comida japonesa, em um canto com pouca movimentação. O horário do almoço já havia passado, então o local estava bem tranquilo. Lola caminhou depressa na direção dele, jogando a mochila na cadeira vaga ao lado. Ele bebericava um gole de café expresso quando ela chegou.

O Jogo dos Segredos [1] DEGUSTAÇÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora