Parte 12

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Deitada na cama, eu não conseguia parar de admirar aquele anel no meu dedo. Ele tinha uma pedrinha que parecia um rubi, e é provável que o preço dele compraria minha casa. E ainda sobraria para um carro.

Mas o que mais me intrigara era o fato de Klaus ficar romântico de uma hora pra outra. Eu acredito que as pessoas possam mudar, mas tão rápido assim eu não tinha tanta certeza. 
Eu tinha a consciência de que tudo acontecera muito de pressa, mas sabia também que, para o amor, não existia tempo ideal.
Além disso, tudo que importava no momento era que eu estava ali com ele, e ele era meu, e agora, de forma oficializada.

Era nosso último dia no Hawaii, e nosso vôo de volta para Mainy estava marcado para as dez horas da noite. 
Eu estava triste de ter que voltar pra Mainy, pois apesar de estar com saudades de casa, aquela experiência tinha sido marcante para mim.

Construí memórias maravilhosas naquele lugar igualmente maravilhoso, e levaria aqueles momentos para o resto da minha vida. Foi algo totalmente inesperado para mim: o que seria apenas uma viagem de negócios, se tornara uma viagem romântica, quase que uma mini lua de mel com o homem dos meus sonhos.

Decidimos ir á praia de punalu'u, que era famosa por ter uma areia de coloração preta. Além disso, visitamos um lindo campo de girassóis que ficava próximo à praia, e ao entardecer, fomos assistir ao pôr-do-sol na praia de Honolulu.

O pôr-do-sol no caribe parecia uma pintura bela e minuciosa, que poderia ser facilmente emoldurada e exposta em um museu famoso. Os constrastes de cores do céu e o azul vibrante do mar ajudavam a compor a paisagem, e faziam com que a minha vontade de permanecer naquele lugar aumentasse cada vez mais. 

Voltamos para o hotel às sete horas para nos organizarmos, pois a viagem até o aeroporto de Honolulu demorava em média duas horas, partindo do lugar em que estávamos hospedados.

No momento de entrar no carro, olhei uma última vez para aquele lugar mágico, capturando uma última imagem e agradecendo silenciosamente por todas as experiências que vivi lá. 

- Ei, agora confesse, te auxiliar nas reuniões não foi o único motivo de você ter me trazido para cá com você né? Você sempre teve segundas intenções... - eu disse para Klaus, enquanto embarcávamos no carro alugado que nos levaria até o aeroporto.

- É impressionante que apesar do pouco tempo você me conheça tão bem. 

♡♡♡

- E então, a viagem foi tranquila? 

- Bom, tirando o fato de que eu vim as dez horas no colo do Klaus chorando com crise de ansiedade, foi sim.

- Espera, colo? Do "Klaus"? Mas gente, quanta intimidade, hein! Tem alguma coisa que você queira me contar?

De imediato eu pensei se realmente valeria a pena eu contar para Rebecca tudo o que tinha acontecido. E concluí que não no momento, eu estava cansada e o que eu menos queria era ouvir os gritos de Rebecca e passar horas no telefone.

- Não tem nada, não. Outra hora a gente se fala, preciso descansar um pouco. Beijos.

Eu dormi praticamente o sábado inteiro, e acordei ja eram seis da tarde. No meu celular, uma mensagem de Klaus perguntando se eu estava bem, pois ele tentara ligar pra mim o dia inteiro.

Mr. Stupid JonesWhere stories live. Discover now