Armação Part.2

51 7 6
                                    

[ 27 de maio, sexta-feira de maio de 2022 - Quadra abandonada ]

15:17h

Pisquei várias vezes antes de realmente dar-me conta da porra de briga que estava acontecendo diante dos meus olhos.

Jungkook batia sem piedade em Yoongi. Mas como de anjo, Yoongi só tem o rosto, ele não exitou em revidar. Pareciam dois monstros brigando, ambos variavam entre socos, pontapés e chutes, até que eu segurei Jungkook pelas costas e notei que ele estava bêbado.

S/n: - Jungkook, para com essa merda! - Joguei-o longe e ele do nada começou a chorar, misturando seu sangue com lágrimas.

Senpai: - Me desculpe... - Pediu entre soluços, me abraçando de uma hora pra outra. - Eu nunca quis dizer... aq-quilo com você!

S/n:- Não precisa encher a cara por causa disso. - Separei ele do abraço. - Você parece uma criança as vezes.

Estreitei os olhos em desaprovação e me dei conta da armação de Kokona. Ela pretendia fazer ciúmes em Jungkook pra que ele se desculpasse ou declarasse pra mim ou algo do gênero, eu nunca entendi Kokona e acho que nunca vou entender, afinal.

Decidi jogar um pouco e entrar nesse lance da Kokona. Não vou me rebaixar a um garoto. Por fim, deixei Jeon Jungkook jogado no chão, por mais que eu quisesse ajudá-lo e me direcionei a Yoongi que se apoiava com os cotovelos, tossindo um pouco de sangue.

Yoongi: - Obrigado. - Sorriu meigo enquanto eu lhe ajudava a levantar. - Ele não costuma beber assim. Acho que as coisas não estão boas com ele. - Apoiou-se sem minha ajuda encarando Jeon com um olhar triste. - Ajude ele. Posso me virar.

Após isso, ele saiu cambaleando, levando consigo sua bola de basquete. Virei-me novamente para Jeon Jungkook jogado no chão chorando oceanos de sangue, literalmente. Suspirei pesadamente e passei seu braço ao redor do meu pescoço fazendo ele se apoiar em mim é o ajudei a andar. Passei pelo bairro inteiro com ele se apoiando em mim, até que cheguei numa rua mais movimentada e pedi um táxi que nos levou pra minha casa.

Minha casa estava milagrosamente limpa e vazia. Meu pai devia estar em uma bodega ou na puta que pariu, mas pouco isso me importava agora. Agora eu tinha que cuidar dos ferimentos do Senpai.

Sentei ele na minha cama e peguei uma caixa de primeiros socorros na minha prateleira e limpei os ferimentos de seu rosto em silêncio. Coloquei um curativo na sua bochecha e com certa vergonha, tirei sua blusa lentamente já que de sóbrio ele não tinha nada e com toda certeza não conseguiria tirar aquilo sozinho. Mesmo parecendo uma pimenta, eu passei a enfaixar seu abdômen evitando olhar para seu rosto que estava igual ao meu.

Voltei minha atenção para minha mesa de cabeceira e tirei uma cartela de analgésicos da gaveta para dar ao garoto bêbado na minha cama. Peguei minha garrafa d'água da minha mochila que estava na cadeira de minha escrivaninha e entreguei a ele, que tomou o comprimido com certo receio.

S/n: - Vai aliviar sua dor. - Tentei tranquiliza-lo. - Pode se deitar. Irei fazer o jantar e quando estiver pronto eu lhe chamo. - Estava quase fechando a porta quando sua voz mais sóbria manifestou-se.

Senpai: - Obrigado. - Foi o suficiente para que ele arrancasse um sorriso sincero de mim ao fechar a porta.

Desci as escadas ainda sorrindo e fui preparar o jantar calmamente mas com certa caltela, já que havia certas coisas que eu preferiria que ele nem sonhasse com a existência.

You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Feb 09, 2019 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

My Senpai...Where stories live. Discover now