❝Espere por mim❞

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[ 30 de fevereiro, 2020 - Tokyo / Metrô principal de Tokyo ]

I.M.

6:45 AM

Eu realmente não ligo. Eu não ligo quando criticam que sou gay. Eu não ligo se meus pais me abandonaram porque eu sou gay. Eu sou feliz assim. Eu escolhi ser assim.

Eu fiz isso... Por que... Eu amo Jeon Jungkook.

E daí se ele é meu primo?

Quase caí quando o metrô parou de uma vez.

Conforme os passageiros iam saindo eu também saía.

Corri o mais rápido possível para chegar antes de fechar o portão da escola.

Consegui chegar antes de fechar.

Um segundo conta, não conta?

Corri para o pátio e me juntei à roda de garotos conversando.

Não demorou muito pra o sinal tocar. Quase gritei um palavrão ali.

Mas, infelizmente não posso.

Regras retardadas.

(...)

Meu desejo era de abraçar o Senpai. Beijar o Senpai. Transar com o Senpai... Ah cara...

Antes de irmos para a sala meu corpo me desobedeceu e puxou o Senpai para um dos corredores e ali mesmo eu o beijei.

Que delícia.

Seus lábios eram carnudos e vermelhinhos. Tudo estava perfeito até que senti olhares sobre nós dois e em seguida senti um soco desferido do Senpai em mim.

Vai dar merda.

Esse não era o pior. Eles chamaram a diretora.

Fudeu. Fudeu. Fudeu mano.

(...)

[ 7: 50, sala da diretora.  ]

— Você fez mesmo isso? - Perguntou a diretora me encarando.

Caramba, beijar é crime?

— F-fiz... - Respondi.

— E você sabe o quanto isso é errado?

— Não. - Respondi firme.

— Não estou dizendo que você não pode ser gay. Só estou dizendo que escola não é lugar de namorar.

— Sim senhora. - Abaixei a cabeça.

— Infelizmente não posso deixar você sair ileso. Você terá que ajudar na limpeza dos banheiros e cozinha.

Achei muito injusto mas escolhi não dizer nada.

— Ótimo. Agora pode passar na enfermaria e colocar gelo nisso aí. - Me expulsou.

Agradeci e pedi licença, saindo de sua sala e indo até a enfermaria.

Chegando lá mas não havia ninguém.

Aishi.

Comecei a procurar gelo e ouvi alguns passos. Quando me virei, avistei a garota transferida, S/n.

— Aí meu Deus I.M. O que aconteceu? Quer ajuda? - Perguntou docemente.

Afirmei e me sentei numa maca perto da geladeira.

Por que as coisas nunca dão certo pra mim?

Quando arrumei um namorado, tudo estava perfeito...

Wonho, porque você tinha que morrer?

Por ninguém me aceita como sou?

Eu tento disfarçar minha dor dizendo que sou feliz mas no fundo isso não é verdade.

Senti uma agulha penetrar e logo eu caí no chão. Meu coração começou doer imensamente. Abri uma brecha nos meus olhos e vi S/n com um sorriso pisicopata.

Tentei dizer alguma coisa mas nada saía.

— Bons pesadelos, I.M.

Essas foram as últimas palavras antes deu sentir meu coração parar.

Espere por mim, Bambam.

My Senpai...Where stories live. Discover now