Passei por diversas avenidas e todas estavam lotadas de carros e outros automóveis, é agoniante viver em constante perrengue por causa de uma droga de semáforo que não pega.
Estacionou o carro numa vaga ao lado do restaurante que também é um dos meus investimentos de lucro. Há tempos que não venho aqui e nem sei como anda as coisas na verdade.
Paro na calçada para atender o celular e fico só abservando o fluxo de pessoas saindo e entrando no estabelecimento, mas somente uma me tira toda a atenção, coloco o celular novamente no bolso e ando apressando até ela que parece estar com pressa, tento desviar das pessoas na minha frente mas infelizmente a perco de visto.
Tenho certeza que era Mariana.
Me recomponho e adentro no restaurante e logo sou recebido por olhares de todos os lados. Droga! Eu devia ter amarrado esse cabelo.
— Boa tarde, cavalheiro. – me cumprimenta uma mulher bem vestida e sorridente. Sorridente até demais.
— Boa tarde, preciso falar com o dono do estabelecimento. – digo, ela mexe no cabelo e volta a me olhar.
— Infelizmente o dono não se encontra no momento, sabe como é, vida de empresário. – ela revira os olhos e se apoia na bancada da recepção.
— Então me leve até um gerente daqui. – digo meio impaciente.
— Está falando com ela. Débora Albuquerque, gerente e administradora financeira do restaurante, muito prazer. – ela me estende a mão e eu aperto com precisão, sem sorrisos.
— Quero saber como estão as coisas por aqui, já que sou um dos investidores financeiro do local.
— Claro, por favor me acompanhe.
A caminho da sua sala esbarrei com uma moça que me pediu mil desculpas e prometeu que nunca mais um incidente como aquele irá acontecer.
— Obrigado. – respondo quando me entrega uma xícara com café.
Preferia uma dose pura de whisky, mas café também serve.
— Peço desculpas por aquilo, alguns funcionários aqui não são atenciosos como, eu. – ela sorri mostrando todos os dentes.
— Foi apenas um acidente. – respondo não me importando com o que aconteceu.
— Sorte a dela por ter esbarrado em um homem tão compreensivo como você, mas vou garantir que coisas assim não se repita. – seu tom soou um pouco ríspido.
— Se está pensando em demitir aquela moça saiba que sou totalmente contra a essa ideia. – comento calmamente.
— Aquela garota tem sorte. Tudo bem então. – disse a si mesma.
— Vamos falar de negócios? Porque somente isso me interessa aqui. – coloco a xícara no pires e ponho na mesa a minha frente.
— Ah, claro. Aqui estão as últimas planilhas da evolução financeira do restaurante Palace e como pode observar, as coisas só melhoram. Estamos no topo da lista de restaurante mais visitados da cidade.
Ela me entrega os papeis e senta na sua cadeira.
— É muito bom saber que não estou investindo atoa.
— Com toda certeza não. Essa pasta contém os níveis de lucros mensais, e a tendência é só aumentar. – ela me entrega outra pasta.
— Muito bom Srta. Albuquerque. – elogio.
— Por favor, apenas Débora. – sorriu de orelha a orelha mostrando seus dentes nitidamente caros.
— Como desejar, Débora.
Fico sentado analisando os gráficos e outros documentos enquanto a gerente fica apenas me olhando e apertando os braços contra os seios que estão quase pulando do decote. Abaixo um pouco o papel que tenho nas mãos e olho a mulher mexendo euforicamente nos cabelos.
Chega a ser irritante.
— Aceita mais café Dr. Falcão? – ela se levanta e para ao meu lado exibindo suas curvas.
— Não obrigado. – coloco os papeis dentro da pasta e me levanto.
— Posso ajudar em mais alguma coisa? – pergunta.
— Pode. – sorrio para ela que retribue da melhor forma possível.
— É só dizer.
Me aproximo dela o suficiente para sentir sua respiração mudar de ritmo. Encaro sua boca e depois seus olhos maquiados.
— Preciso de uma lista com os nomes de todos os funcionários do restaurante. – ela ergue uma sobrancelha meio frustrada.
— Mais alguma coisa? – é notável que ela está dando o seu máximo para chamar a minha atenção.
— Não, obrigada. Mande essa lista para o meu email.
— Perfeitamente. – sorri novamente e saí da sua sala.
Muito bonita, confesso, porém... oferecida demais. Mulheres fáceis demais só conseguem chegar numa cama comigo, não mais que isso. O grande problema é que nem mulheres fáceis conseguem tirar Mariana da minha cabeça nesse momentos.
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Boa leitura!
Beijos, Jaqueline Carvalho
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UM AMOR PARA ETERNIDADE
RomanceUm passado. Um medo. Uma vida. Mariana Assunção viveu essas palavras com tanta intensidade, que só ela sabe a dor que carrega no peito. O medo do próximo erro é inevitável quando se tem um coração ferido pela pessoa amada. Entregue-se. Liberte-se. A...
CAPÍTULO 8
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