Epílogo.

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três anos mais tarde.
maio de 2022.

- Vai correr tudo bem. - sussurrei e o jogador suspirou, deixando um beijo na minha testa.

- É a primeira vez em muitos anos que vamos disputar um jogo cuja vitória pode dar-nos um campeonato. Já imaginaste há quantos anos os adeptos do Arsenal esperam por isto? Até eu que estou a cumprir o meu quarto ano de contrato, quero isto tanto como eles. É surreal. É impossível não estar nervoso. O medo de falhar está constantemente presente. Não pode haver margem para erro. - desabafou e sorri orgulhosa.

- Estás a falar mesmo à capitão de equipa. - brinquei e ele soltou uma gargalhada antes de me puxar para um beijo longo.

- Como é que te estás a sentir? - perguntou e eu ri com a sua preocupação.

- Eu estou muito bem, Rúben. Não te preocupes. Não é como se estivesse de oito meses. Só descobrimos à um mês. - descansei-o e ele suspirou, levando a mão à minha barriga.

- Mal posso esperar para lhe conhecer. Esperámos tanto por isto. - beijou o meu ventre e eu sorri, fazendo um carinho nos seus cabelos.

- SURPRESA! - ouvimos gritar e sorri com a voz escandalosa de Rita.

Olhámos na sua direção e vimos a mulher que se encontrava muito grávida e André um pouco mais atrás com o pequeno Afonso, de apenas dois anos, ao colo.

- Puto, não te esperava por aqui! Obrigado por teres vindo. - Rúben cumprimentou o amigo e antigo companheiro de equipa e deixou um beijo na cabeça do bebé quase adormecido.

- Não iríamos perder isto por nada. Parabéns pela excelente época, grande capitão. - Almeida congratulou o amigo que lhe sorriu. - Aliás, o Pizzi, o Rafa, o Salvio, o Mister Rui e as suas famílias estão aqui mas os seguranças não os deixaram entrar por ser muita gente. Aqui a Ritinha é que fez um espectáculo enorme e acho que o segurança ficou com medo de ser agredido por uma mulher grávida. - disse, num tom brincalhão e encaramos a mulher que nos olhava com uma expressão convencida.

- Foste tu que fizeste isso, não foi? - Rúben perguntou-me e dei de ombros, sorrindo.

- Eu não queria que eles perdessem a oportunidade de te ver ser campeão pelo Arsenal. Acho que eles próprios não iriam querer perder este feito. - disse e o meu futuro marido abraçou-me de lado, depositando um beijo nos meus cabelos.

- Ai meu deus, que lindos! Vê-se aprendes alguma coisa, André Almeida! - Rita resmungou com o marido e ele olhou-a incrédulo, o que nos fez rir.

Deram início a uma mini discussão que de discussão não tinha nada. Provavelmente acabariam aos beijos, como sempre.

- Vou ter de ir andando para o balneário. - Rúben informou ao ser chamado por um colega de equipa.

- Eu também vou ter de ir. O Matthew está à minha espera. - informei igualmente e rimos quando Rúben bufou. - O meu namorado ainda não percebeu que o meu colega de trabalho é homossexual. Fazer o quê? - acrescentei e o arsenalista revirou os olhos.

- Se eu também fosse gay e te visse pela primeira vez, era bem capaz de virar hétero. Tenho de ter cuidado. - respondeu e André caiu na gargalhada. Um Rúben rabugento tinha sempre piada.

Girls Like You | Rúben Dias Onde as histórias ganham vida. Descobre agora