oito.

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Acordei com uma trilha de beijos pela minha face e sorri ao lembrar-me da noite anterior.

- Bom dia. - saudei o jovem, beijando rapidamente os seus lábios.

- Bom dia. - retribuiu e abraçou-se ainda mais a mim enterrando a sua cabeça no meu pescoço.

Iniciei os carinhos no seu cabelo e preparei-me para a conversa que ficara pendente no dia anterior.

- Podes falar, Eve. - ouvi o som abafado da sua voz e eu ri com o facto de ele já me conhecer tão bem.

- Como é que estás? - fui direta e Rúben suspirou contra o meu pescoço, fazendo-me arrepiar.

Ele riu baixinho e eu revirei os olhos, sorrindo. Sabia que estava a rir das sensações que conseguia proporcionar-me com simples ações como aquela.

Ele demorou uns segundos a responder, levantando a sua face para fixar o seu olhar ao meu.

- Podia estar melhor. - deu de ombros, pegando na minha mão e começando a brincar com os meus dedos.

- Lembras-te daquilo que eu te disse, não te lembras? - perguntei-lhe e este acenou, abrindo um pequeno sorriso.

- Não esperar a tempestade passar mas sim aprender a dançar na chuva. - relembrou e eu sorri, beijando a sua bochecha.

- Estão desiludidos pelo facto de terem feito um percurso menos positivo na Liga dos Campeões, um que nunca tinha sido feito e estão ainda mais tristes por terem desiludido aqueles que são a vossa família, tanto de sangue como de coração. Eu percebo isso tudo. Mas vais dizer-me que a vida deles é um mar de rosas? Não. Toda a gente tem a sua luta, tem dias melhores, outros piores e existem situações que acabam por não correr como se planeara. Com vocês, enquanto coletivo que são, foi igual. E são verdadeiros campeões porque tiveram a humildade de reconhecer que as coisas não correram bem e que poderia ter sido diferente. Mas o que lá vai, lá vai. Agora têm um campeonato para conquistar. É esse que deve ser o vosso principal foco. O resto é história. ? - abracei-me ao seu pescoço e este agarrou a minha cintura, puxando-me para o seu colo.

- O que é que seria de mim sem ti? - perguntou-me entre beijos e eu sorri.

- Não penses nisso porque não vai acontecer. - deixei um último beijo nos seus lábios e levantei-me do seu colo.

Despi a sua camisola e encaminhei-me para a casa de banho, deixando as peças pelo caminho.

- Vens ou vais ficar aí a babar? - perguntei-lhe ao vê-lo demasiado pasmado, o que me fez sorrir de lado.

Vi-o engolir em seco e levantou-se rapidamente da cama, seguindo-me para a divisão.

Tomámos um banho demorado seguido do pequeno almoço antes de nos despedirmos para iniciar o dia.

Quando cheguei a casa, vesti uma roupa qualquer para ir para a universidade e decidira ir de metro, não esperando pelos meus irmãos.
Durante toda a viagem era impossível não sorrir ao lembrar as memórias criadas hoje pela manhã. Embora ainda não nos tivéssemos entregue totalmente um ao outro, por insistência de Rúben que argumentava "não vais ter a tua primeira vez no duche", o que me fazia rir, deramos alguns passos em frente na nossa relação.

Finalmente chegara às instalações universitárias e iniciei o meu dia de trabalho preenchido.

***

Eram 17h quando abandonei as aulas. A minha barriga dava horas e decidi entrar na pastelaria a comprar o lanche para mim e para Rúben antes de me dirigir a sua casa pois o jovem deveria estar a chegar do treino da tarde.

Girls Like You | Rúben Dias Onde as histórias ganham vida. Descobre agora