- Dor pélvica. Ela esta grávida. - ele diz e eu fico estática olhando para o Renan bem a minha frente.

- O que? - Ele pergunta incrédulo.

- Renan. Te explico tudo. Por enquanto não liga para ninguém. - suplico chorando.

Entro para a sala do médico em prantos . Meu pai e Helena me acompanham.

Explico a ele e me diz que pode ser ameaça de aborto. Faço uma ultrassom para ele analisar melhor.

- Está tudo bem com o feto. Porém precisa se cuidar e tomar medicação correta. Para que o útero não o expulse. - Diz ao final do exame.

Respiro aliviada. Passo a mão na barriga e acaricio. A enfermeira entra e coloca o soro. Tenho pavor de agulhas, mas é necessário. Meu pai sai para falar com Helena para que ela entre também. Fico sozinha.

A porta abre e olho para vê quem é. Renan entra e me encara. Sei que veio atrás de explicação.

- Oi! Como estão? - ele pergunta se aproximando.

- Agora estamos bem. Precisamos conversar. - digo.

- Isso pode ficar para depois. Descanse. - pede.

- Não Renan. Preciso falar com você. Estou bem. De verdade. - digo.

- Fale. Porque estou tentando entender isso desde a sua chegada aqui. - diz.

- Como você ouviu meu pai, estou grávida de 2 meses. - digo.

- É do Théo? - pergunta.

- Só tive o Théo durante esse tempo. A última pessoa que me relacionei foi há mais de dez meses. - falo.

- E porque ele me parece ser o único que não sabe?

- Meu pai e a esposa souberam hoje. Por causa dessa dor. Nem a Bella sabe. - falo.

- Você sabe o que ele pensa a respeito de filhos?

- Sei sim. Por isso ainda nao falei. Mas eu juro Renan, ia falar ontem. Mas ele veio e não me procurou e ainda estava com a prima da Bella. Como você acha que fiquei? - choro enquanto falo.

- Ele teve os motivos para não te procurar. - fala.

- Então me fala Renan. Porque eu juro que passei a noite passada em claro tentando entender porque ele fez isso. - digo.

- Isso só pertence a ele. Então não vou dizer. Ele vai fazer isso quando tiver oportunidade.

- Sabe qual é a minha vontade agora? De nunca falar a ele. Porque o que ele fez depois de tudo o que vivemos e conversamos no final de semana foi ridículo. - desabafo.

- Ele tem que saber Luna. - diz.

- Você vai contar? - pergunto nervosa.

- Não. Calma! Isso é coisa que só cabe a você. - diz.

- Obrigada Renan. Mas eu não sei se é isso que eu quero. Se eu tivesse condições ele nunca saberia. - falo.

- Luna. Vocês precisam conversar. Independente de estarem em um relacinamento ou não essa criança precisa de vocês.

- Eu sei. Estou tão magoada que não sei mais o que falo. - digo.

Meu pai entra com a Helena. O assunto entre mim e Renan cessa. Meu pai ainda não me questionou sobre nada. Sinto seu olhar carinhoso sobre mim o tempo todo.

- Voi sair para atender. - diz Renan mostrando celular.

- Pai. Pode fazer perguntas. - falo.

- Quando quiser você me fala tudo filha. - diz acariciando meu cabelo.

Segundas Intenções. (Série Família Portinari)Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu