capítulo 22

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  Rômulo📌

Acordo com uma puta dor de cabeça, zonzo e tentando lembrar o que aconteceu. Me dou conta de que o ônibus está de ponta cabeça.

Rômulo: Puta que pariu.— Tento levantar devagar e vou tomando consciência.

Todo mundo estava desacordado, olho para o meu lado e vejo a Nina.

Rômulo: Nina.— ergo a cabeça dela.— Nina acorda!

Nina: Hmm.. — se mexe.— Meu braço, tá doendo.— Choraminga.

Rômulo: Calma, eu tô ligando pra ambulância.— Me levanto e vejo que falta muita gente ali, e o ônibus está de cabeça pra baixo.

Vou andando mais um pouco, tentando acordar as pessoas, até eu ver quem eu estava procurando. Corro até ela que está desacordada.

Rômulo: Mari .— levanto um pouco o corpo dela e coloco sua cabeça em meu colo.— Mari, acorda. Sou eu, Mariana. Acorda, porra! 

Ela vai abrindo os olhos devagar.

Mariana: O que aconteceu? — Diz grogue.

Passo a mão no rosto dela e vejo sua cabeça sangrando.

Mariana: Minha cabeça tá doendo...

Rômulo: O ônibus capotou. — Ela olha ao redor e tenta se levantar.

Rômulo: Vem, a gente tem que sair daqui e tirar todo mundo, pode ser que pegue fogo.

Mariana: Tá .— Afirma com a cabeça.

Pego ela no colo e vou, com dificuldade, passando pelos meios.

Rômulo: Eu vou te por pra fora, vai ligando pra ambulância.

Consigo passar ela pelo vidro e dou o celular na mão dela.

Mariana: Dudu! — A escuro gritando.

Consigo olhar pelo vidro e vejo ela correndo até alguém que estava no asfalto. Paro de olhar e tiro a Nina de lá também.

Vou tentando acordar as pessoas, e ajudando sair, os que estavam sem muitos ferimentos também me ajudaram, e logo conseguimos tirar todos de dentro do ônibus. Vou até o motorista e vejo que ele está morto.

Rômulo: Puta merda . — falo desesperado.

As ambulâncias logo chegam e começa atender todo mundo. Eu não sabia se tinha alguém morto, além do motorista, parecia que não, mas os que mais se feriram foram os que voaram pra fora do ônibus e foram para o asfalto.

Me sento no chão, perto do pneu da ambulância e abaixo a cabeça. Em questão de segundos, ouço um barulho enorme e um calor muito quente.

O ônibus tinha explodido.

Foi o maior susto pra todo mundo, as meninas gritavam e choravam sem parar, menos uma, a Mariana.


𝐀𝐓𝐄́ 𝐎 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐋Where stories live. Discover now