- Solteirissimo! - fala levantando a mão.
- Podemos ver um dia bom. - falo.
- Hoje? Anota aqui seu num. - me da uma agenda.
Anoto meu número e ele fica observando todos os meus gestos.
- Pronto. Agora vou indo. Quero aproveitar todo o tempo com minha mãe. - digo.
- Você mora aqui perto?
- Não. Moro em Saquarema. Estou aqui na casa de um amigo. Falo sem graça.
- La é legal. Que bom que é perto. - diz.
- Bem. Vou indo. Qualquer coisa, liga. - saio.
Se ele pegasse em minha mão e sorrisse mais uma vez ia molhar minha calcinha. O que custa um jantarzinho?
Fiquei duas horas com minha mãe. Mesmo ela dormindo tenho certeza que sente minha presença. Por isso faço questão das visitas da manhã e da tarde. Não vejo a hora dela abrir os olhos. Preciso tanto dela.
Entro e encontro o Théo na sala. Acho que ele também acabou de chegar. Conversamos sobre minha mãe e ele me chama para sair. Não vou. Quando saimos juntos e ele me trata como se eu fosse uma mera conhecida e se comporta como se nunca tivéssemos transado. O pior é que a turma toda sabe. Isso me incomoda muito.
Fico um tempo bom no chuveiro. Lembro de Douglas. Tão lindo. Pena que não desperta em mim a mesma coisa que aquele canalha gostoso lá da sala.
Visto um vestido confortável e saio. Quando chego na sala percebo Théo com meu celular na mão. Digitando?
Vou para cima dele e pego meu celular. Ele fica visivelmente sem graça.
- Que direito você tem de pegar meu celular Théo? - falo zangada.
- Sei lá Luna! Quando percebi já tinha pegado essa zorra. - responde sem me olhar.
- Se passando por mim? Você é ridículo Théo. - falo azeda.
- Ah! Não exagera. Continua o papo com esse doutorzinho de merda. - fala
- Cresce Théo. Vai ser melhor para todo mundo. - falo.
- Se tem uma coisa que odeio é quando alguém me manda crescer. - fala alto.
- Então tenha atitude de homem! - grito de volta.
Nos encaramos por alguns segundos. Ele sabe que errou, mas se chateou com o que eu dise.
- Vamos esquecer isso. Eu errei. Pronto. Mas por favor é a segunda vez hoje que você me chama de criança. - fala e sai da sala.
Peguei pesado? Claro que não. Ele invadiu minha privacidade como se pudesse fazer isso livremente. Olho a conversa dele com o Douglas. Não sei se dou risada ou se sento e choro. Ainda bem que ele não enviou a última. Tento remediar.
Eu:
Hoje não. Podemos ir um outro dia.Douglas médico:
Quando quiser querida. Estou a sua inteira disposição.Eu:
Certo. Vou me organizar.Douglas médico:
Certo. Aguardo ansiosamente. Descanse um pouco. 😘Eu:
😘😘😘Deixo o celular no carregador e vou fazer algo para comer. Estou com muita fome e com vontade de comer cachorro quente. Vi na rua, mas depois que passei mal, fiquei com medo.
Depois de tudo pronto vou ao quarto vê se a criança magoada quer comer. O encontro passando perfume diante do espelho que toma toda a parede ao lado da cama.
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Segundas Intenções. (Série Família Portinari)
RomanceQuando um homem é o sonho de toda mulher não quer se prender e não acredita no amor? Mas se vê obsecado por um par de olhos castanhos e um sexo rapido numa parede de um local desconhecido. Mesmo aboninando relacionamentos não consegue esque...
Capítulo 10
Começar do início