- Théo! Alguma notícia? - pergunto.
- Nada ainda. Tem mais ou menos duas horas de cirurgia. Quer comer algo? - pergunta.
- Quero sim. Estou com fome. - digo.
Santa transmissão de pensamento. Ele levanta e sigo. Fomos para a lanchonete do hospital. Fizemos o pedido.
- Aqui é bem arrumado para uma lanchonete. - falo.
- Aqui é um hospital classe alta. É necessário que seja assim. - diz.
- Verdade. Todo mundo que trabalha deve comer aqui. - observo.
Comemos e voltamos para a sala de espera. Conversamos amenidades e nada foi falado sobre ontem. Prefiro assim. Para que remoer?
Apesar de tudo, é ele quem está ao meu lado e isso deixa meu coração fraco ao lidar com ele.
Olho para o Théo e ele está observando um casal que chega. A mulher grávida e parece sentir dor, o marido abraçado a ela amparado-a.
- Cara! Que situação. A mulher passa 9 meses imensa e ainda no final sente dor e o pai só tem consciência disso, quando chega a hora do hospital. Olhe como ele está no desespero. - Fala.
- Deve ser mágico ter uma criança dentro da gente. - falo sorrindo.
- Mágico? Noites mal dormidas. Baixo desempenho sexual. E a responsabilidade? Vi o Léo quando as gêmeas nasceram. - dispara.
- Você não quer ter filhos? - pergunto curiosa.
- Não. Já tenho as gêmeas para chamar de minhas. Não quero todo esse trabalho e responsabilidade. - fala.
- Daqui uns 6 anos pretendo ter apenas um. - falo.
- Boa sorte! To fora. Chega me dá nervoso. - diz.
O casal é levado para dentro e a conversa sobre filhos se encerra. 6 horas de espera e nada. Estou cansada. Não aguento mais ficar aqui.
- Senhores! Bom dia! - o cirurgião.
- Bom dia! - Respondemos juntos.
- A cirurgia foi um sucesso. Agora, só aguardar as 48 horas. - diz o médico.
- Ai! Graças a Deus. Quando posso vê-la? - pergunto.
- Calma. Precisamos aguardar as 48h e quando ela for para o c.t.i vocês poderão vê-la. - ele diz.
- Doutor. Posso te dar meu número? Qualquer coisa pode me ligar. - digo.
- Não precisa Luna. O hospital tem. - diz Théo.
- Tome meu cartão. Assim, pode me enviar seu número ou se preferir, pode ligar. - diz sorridente.
Voltamos para a casa do Théo. Tomo um banho e deito. Ainda bem que não senti mais nada.
Durmo por toda a manhã. Acordo sentido cheiro de comida. Levanto e vou para a cozinha. Encontro Maria.
- Bom dia menina. Está melhor? - pergunta.
- Bom dia. Sim Maria. Ótima. Não senti mais nada. Nunca mais como em qualquer lugar. - digo.
- Tem certeza que foi isso?
- Sim Maria. Fiz um lanche ontem na rodoviária. Desde então, me senti mal. - explico.
- Ok! Venha almoçar. Ta tudo pronto. - diz e sorri.
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Segundas Intenções. (Série Família Portinari)
RomanceQuando um homem é o sonho de toda mulher não quer se prender e não acredita no amor? Mas se vê obsecado por um par de olhos castanhos e um sexo rapido numa parede de um local desconhecido. Mesmo aboninando relacionamentos não consegue esque...
Capítulo 8
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