- Desculpa. Não quero saber o que faz da sua vida. E não quero tirar sua privacidade. - fala e sai da cozinha.

Espero um pouco. Não tem sentido continuar essa conversa. Na verdade não tem sentido continuar com isso. Onde eu estava com a cabeça em trazer uma mulher que estava só transando para dentro da minha casa? Querendo ou não ela deve está achando que tem direitos sobre mim.

Como é que faz para voltar e desfazer essa zorra toda? Estamos tendo vida de casal. A levo e busco nos lugares. Sai comigo e dormimos juntos. O que é que estou fazendo?

Levanto e vou para o quarto. Ela não está. Também não a procuro. Tiro a roupa e visto um short de seda. Fico na sala deitado assistindo.

Vejo de soslaio quando ela passa para a cozinha. Escuto o barulho de prato. Deve está comendo. Estou com fome, mas vou deixar ela sair.

Devo ter pegado no sono, pois não vi a Luna retornar. Levanto e esquento a sopa no microondas. Como muito rápido.

Entro no quarto e ela está sentada em uma poltrona. Não falo nada e vou direto escovar os dentes.

Quando saio do banheiro ela não está mais. Deito e leio minhas mensagens. Essa é a hora mais tranquila. Tem uma da Amanda agradecendo pelo happy hour e querendo repetir a dose com mais tempo. Sorrio.

O sono aparece de novo. Desligo a luz e só deixo o abajur do lado esquerdo ligado. Demora um pouco e sinto o colchão pesar.

Ela não diz nada. Nem o costumeiro boa noite. Também não a vejo puxar a coberta. Viro para ver o que está acontecendo e a vejo de costas para mim e com outra coberta.

- Luna! - chamo e ela não responde.

Não tem como já ter dormido. Deitou agora. Mas não vou forçar. Ela está chateada. Mas foi melhor falar a verdade do que ficar engando.

Me aproximo dela e encosto bem. Passo o braço em sua cintura e a puxo para mim. Ela não diz nada.

Faço carinho em sua barriga e vou descendo a mão. Sinto ela estremecer e respirar fundo. Continuo a carícia. Suspendo a camisola e afundo minha mão dentro de sua calcinha. Ela tira na mesma hora.

- Estou doido para me enfiar em você. Pára de bobagem. - sussurro em seu ouvido.

- Estou menstruada. - responde seca e se cobre.

- ok! - pode até está, mas não me convenceu.

Estou tão cansado e não insisto. Ela sabe que estive com alguém. Por isso essa mudança brusca de humor.

O dia amanhece e sinceramente não estou com vontade de levantar da cama. Não quero encarar a Luna. Tanto o Renan ou qualquer um dos meus homens tem ordens para levá-la aonde ela quiser. Então não me preocupo.

Torno a dormir e acordo atordoado. Dormi demais. Olho o celular e são 11h. Tomo uma chuveirada para despertar.

Luna deve está na cozinha esse horário. Ultimamente ela fica inventando uma comida nova a cada dia. Não a encontro. Ja deveria ter vindo. A visita acaba as 10h. Ligo para o Renan.

- Onde está a Luna? - pergunto.

- Dentro do hospital. Não saiu desde que deixei. - diz.

Ligo para ela, já era para ter retornado. Não adianta ficar lá se não pode entrar no quarto depois do horário.

Nada. Não atende e nem responde as mensagens. Acho estranho. Ela sempre chega no mesmo horário. Hoje deve querer ficar longe de mim. Ela está misturando as coisas. O pior que desde o início deixei claro.

Segundas Intenções. (Série Família Portinari)Onde histórias criam vida. Descubra agora