- Quando ele vê deve responder. Vamos jogar baralho. Pega ai as cartas enquanto pego a cerveja. - saio em direção a cozinha.
Passamos o resto da noite escutando uma música baixa, bebendo cerveja e jogando cartas. Sempre é divertido.
Fomos deitar tarde. Acordo com sono ainda. Olho o celular e Ricardo ainda não respondeu. Fico triste. Será que ele desistiu? 15 mil realmente é muito dinheiro. Vou entender se ele der para trás.
- Nada amiga? - Ninna pergunta ao me ver com o celular.
- Nada. Mas acho que ele não deve ter visto. - falo.
- Ou não quis responder. Mas deixa isso por hora. Vamos levantar que estou morta de fome. - Ninna reclama.
Vamos para a cozinha. Minha mãe esta sentada e meio abatida.
- Mãe. Está bem? Te achando abatida.
- Tive dores a noite. Tomei o medicamento e melhorou. Mas, quase não dormi. - ela explica.
- Então, vai deitar. Deixa que a Ninna e eu cuidamos do almoço. - falo.
- Vou mesmo meu amor. Estou indisposta. - sai.
Olho para Ninna e minhas lágrimas caem. Não suporto ver minha mãe assim.
- Calma amiga. Tudo vai se resolver. Já te disse que se esse dinheiro do Ricartesão não rolar eu tomo um empréstimo.
- Ah amiga. Só você para me fazer rir uma hora dessa. Que apelido é esse? - Gargalho.
- Pelo que você contou, deduzo. - ela ri.
Sentamos para comer. Estou um pouco mais tranquila. Mas não é facil ver minha mãe assim. Meu celular toca é uma mensgem.
- O que? Alguém colocou R$100 de créditos no meu celular. - falo surpresa.
- Será que foi engano? Alguém digitou errado. - diz Ninna.
- Vou esperar. Quem for vai me ligar ai devolvo. - falo.
- Luna. Será que não foi o Ricardo? - ela arrisca.
- Pera, deixa eu chamar ele no "zap".
Chamo e vejo que foi exatamente esse maluco que fez isso. Sorriu enquanto conversamos.
- Foi ele sim Ninna e esta pedindo o número da minha conta para transferir o dinheiro. - explico e ela sorri.
Levanto para pegar meu cartão no quarto e escuto gemidos. Corro para o quarto da minha mãe e a vejo caída no chão.
- Mãe. O que houve? Ninna, me ajuda aqui. - grito desesperada.
Levantamos e a colocamos na cama. Ela está ainda mais palida. Vejo sua temperatura e não esta com febre. Melhor.
- Melhor a gente levar ela para o hospital Luna. - diz Ninna.
- Verdade. Mãe como esta? O que sente? - pergunto aflita.
- Senti uma tontura. Levantei para te chamar e senti uma pontada forte ai caí. Já estou melhorando.
- Ninna, olha ela enquanto me jogo uma água rápido e vamos para o hospital.
Me arrumei e a Ninna também. Pegamos mamãe e a levamos até o hospital de táxi. A emergência está lotada. Hospital público, nem todos tem um atendimento rápido.
Quase uma hora depois ela foi atendida. Mas só porque a Ninna fez um barraco.
Esperamos por um tempo interminável. Até que uma médica explicou que ela precisa passar por exames para ver o quadro atual. Pediu que eu fosse descansar e voltasse em duas horas.
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Segundas Intenções. (Série Família Portinari)
RomanceQuando um homem é o sonho de toda mulher não quer se prender e não acredita no amor? Mas se vê obsecado por um par de olhos castanhos e um sexo rapido numa parede de um local desconhecido. Mesmo aboninando relacionamentos não consegue esque...
Capítulo 4
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