Sulli's Diaries

A Folga

Depois disso, eu não voltei para a festa. Achei que deveria dar um tempo à ele para pensar em tudo. Era final de semana e nosso grupo não tinha nenhum compromisso. Coloquei algumas roupas dentro de alguma mochila e avisei ao nosso chefe que iria visitar meus pais. Ele permitiu na mesma hora. Acho que meus pais não paravam de ligar para ele, pedindo para que eu os fosse visitar. Peguei um ônibus em direção à minha casa.

Eu já disse que eu sempre esqueço que agora eu sou famosa? Eu esqueço que não posso simplesmente sair na rua. As pessoas no ônibus me reconheceram. Não que eu esteja reclamando; eu ainda não acredito que eu tenho fãs. Eu adoro tirar fotos com elas, conversar e dar autógrafos. Todas que já vieram falar comigo são muito fofas e educadas. A imagem da menininha que eu vi aquele dia na frente da SM veio à minha mente, não sei porquê. Fiquei tão distraída com as meninas que quase perdi meu ponto.

Quando eu desci do ônibus, eu coloquei um óculos escuro e a touca do casaco que eu estava usando. Ao entrar no condomínio, ouvi alguém me chamando:

- Sulli unnie!

Me virei. Tinha uma moça vindo em minha direção e uma menininha. A mesma menininha daquele dia. A moça dizia para a menininha que eu não era a Sulli, que era para ela ficar quieta e não incomodar ninguém. A menininha dizia, apontando para mim:

- Omma, é a Sulli unnie sim!

Eu dei um sorriso. A mãe dela me olhava, envergonhada.

- Você me desculpe. Ela é muito fã de F(X). Ela sempre diz que alguém é a Sulli unnie dela.

- Não não, omma - a menininha disse, em toda sua sabedoria - eu digo que as pessoas são parecidas, mas ninguém é igual à Sulli unnie.

Eu estava com um sorriso enorme no rosto. A mulher estava arrastando a menininha, pedindo desculpas para mim.

- Não, não faça isso - eu tirei os óculos e me abaixei para ficar do tamanho da menininha. Vi que a mulher ficou um pouco surpresa.

- Sulli unnie! - a menininha gritou, vindo me abraçar.

- Olá, minha linda - eu a abracei de volta - como você está?

- Sulli unnie, eu estou bem. Minha omma disse que se eu quiser ser como você, eu tenho que ir bem na escola. É verdade?

Eu olhei para a mãe dela, que agora sorria para mim e para a filha.

- É verdade sim, você tem que ir muito bem.

- Então, Sulli unnie, eu vou ir bem, porque quero ser como você um dia, linda e famosa - a menininha disse, sorrindo.

- Você será. Aliás, linda você já é - eu sorri e ela sorriu de volta - qual seu nome, pequenina?

- Meu nome é Ha Ni. Oh Ha Ni!

- Que lindo nome! - eu a peguei no colo e me direcionei à mãe dela - muito prazer, senhora, eu sou a Sulli.

Ela estendeu a mão, dizendo:

- Muito prazer, Sulli, eu sou Oh Min Hee - ela se direcionou à filha - Ha Ni, vamos deixar a Sulli ir, sim?

A menininha me abraçou forte antes de sair do meu colo.

- Tchau, Sulli unnie.

- Tchau, Oh Ha Ni. Tchau, senhora Oh Min Hee - eu dei um sorriso. A mãe dela sorriu de volta.

- Obrigada por nos atender, Sulli. Tchau.

Quando cheguei em casa, eu ainda estava com um sorriso enorme no rosto. Meus pais quase tiveram um ataque ao me ver. Me abraçaram, me beijaram e insistiram para que eu contasse como eu estava. Contei das apresentações e dos ensaios. Não contei do meu sofrimento por Minho, acho que eles não entenderiam. Conversamos muito, e a minha mãe fez rámem, o meu prato preferido. Depois de ficar um pouco com meus pais, minha mãe me avisou que a Hyoyeon estava em casa também. Fui correndo para lá. Toquei a campainha e ela atendeu.