capítulo 34

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Fato número 35 - eu amo tomates

- Dois? - Falei em meio ao choro. - Não dou conta não.
Então a porta abriu. Duas enfermeiras entraram. Jank puxou Amy lentamente e envolveu-lhe com os braços grandes. Dinah se afastou de mim e se juntou a eles, com um olhar emocionado.
- Tá emocionada, mamãe? - Uma das enfermeiras, falou.
- O...- Minha voz saiu falha, ainda em meio ao choro. Ela me entregou o menino, estava enrolado em uma manta branca, com babados azuis. A Dinah tinha comprado, se caso fosse um menino. Eu o segurei sem jeito, Chorava agora em silencio.

 Eu o segurei sem jeito, Chorava agora em silencio

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- Apesar de serem prematuros, nasceram saudáveis. - A que tava com a menina nos braços, disse. E sorriu neutra.
 - Posso escolher o nome dele? - Amy permaneceu tomada por Jack, mas me olhava ansiosa. Eu assenti, engolindo o choro e voltei a olhá-lo. Tinha cabelos ralinhos, quase careca. Era branco muito branco, e dormia.
- Que tal, Dylan? Dylan Matheus. - Ela disse. Não teve como não me surpreender. Ergui os olhos cansados. Mas ai gostei da ideia. Assenti novamente.
- Camila - Dinah não concordou com o nome. Matheus não.
- Sim. - Afirmei. - A Amy que vai cuidar, então ela pode escolher. - Falei chorosa, mas ai todos sorrirmos suave.
A outra enfermeira, foi para o lado esquerdo da cama, e então a do lado direito retirou o menino dos meus braços e ela pôs a menina. Ela também dormia. Eram...Muitos parecidos, tipos... MUITO.  Ela tinha os lábios mais rosados, o cabelinho mais clarinhos. Olhei para Amy, tornei a olhar a neném e suspirei fundo.
- Luna. - indaguei. - Luna Mackenzie.
- Camila, não creio. - Mel questionou novamente.
- Ela é louca, deixa ela. - Jack esboçou um sorriso, e então Amy saiu de perto dele, e veio para perto de mim. Sentou-se na cama bem próximo a mim.
- Amei o nome dela. - Disse olhando a neném em meus braços.
- Sei escolher também, licença.  - Sorri ainda tensa e olhei para uma das enfermeiras. - Quando vou poder ir embora?
- Ainda não sabemos, mas se tudo correr bem, amanhã mesmo. - Respondeu.
- Você tem que amamentá-los daqui a pouco. Está pronta?
- Dar de mamar?
Eu não dei de mamar, para a Amy quando ela nasceu. Simplesmente ignorei-a, não quis nem olhar. Não sabia do rosto dela. Aquele momento tudo veio atona. Ela ali comigo, feliz pela chegada dos irmãos. Enquanto a 9 anos atrás, eu não quis nem conhece-la. Fechei os olhos sentindo o coração apertar, e ergui a criança para a enfermeira pegar. Em seguida, estendi os braços, chamando Amy  para um abraço. Ela já estava sentada na cama, só fez deita-se quando tornei-a em meus braços e lhe apertei forte. Beijei o centro da sua cabeça, e em seguida fitei Jack e Dinah me olhando como duas estatuas.

Pov Amy Lee

A Camila estava bem... Maluca. Assim... Nervosa sabe? Por causa dos nenéns. Ainda mais quando a gente saiu do hospital no outro dia, quando a tia Dinah foi lá comigo buscá-los. Tinham um monte de fotógrafos na frente, esperando a gente sair. Minha mãe ficou muito, muito estressada. Tia Dinah e eu, arrumamos o quarto dos bebes enquanto a minha mãe tava no hospital. Deixamos tudo arrumado. Eu amei o nome da Luna, que a mamãe escolheu. E ah, eu ainda não tinha falado nada para Lauren, tive que pensar uma noite toda o que eu iria falar.
Mamãe estava no quarto dela dondo de mamar com a ajuda da tia Dinah, era 15;10 da tarde e fazia 30 minutos que a gente tinha chegado do hospital. Eu sai do quarto, peguei meu celular e fui para a cozinha.
- Alo?
- mãe, sou eu... Amy.
- Por que está confidencial o seu numero filha?
- Sei lá, eu mexi e não soube colocar normal. - Disse baixinho. - mamãe...
- Por que está sussurrando?
- Não to sussurrando. - Falei normal, ao perceber que estava mesmo sussurrando. - Tenho uma noticia
- Achou a barbie que queria? Sabia que você iria fazer a sua mã... A Camila, procurar. - Ela riu do outro lado da linha. Nem sabia o que lhe esperava. Eu coloquei a mão na testa e dobrei os lábios.
- mamãe, meus irmãozinhos nasceram. - Falei sussurrando de novo.
- Oi?
- Meus irmãozinhos ué.
- Irmão...zinhos? Com 's' no final?
- São gêmeos, Dylan e Luna. Você precisa vim mãe, sabe o que é? A Camila não vai dar conta sozinha, e você quer me levar embora... Ela não pode ficar sozinha, você tem que vim ver os bebes. Eu sei de tudo, sei que você é mãe deles e sei que você e a mamãe namoraram de novo, no quarto... Digo, sexo... Você entendeu. - Revirei os olhos ficando sem graça. Minha mãe ficou muda do outro lado da linha. Pensei que ela tinha morrido.
- Gêmeos?
- Você vai vim? - Olhei para a porta da cozinha em alerta. - Anda mãe... logo.
- Vou tirar sua passagem agora, amanhã você volta pra casa Amy Lee, não posso ir.
- MÃE!
- Não discuta Amy Lee!
- Eu não vou não, e se você não vim eu fico aqui pra sempre. Eu vou na policia e falo que quero ficar com a Camila. Eu sei que eu posso falar na policia isso, se você não vim eu nuca mais falo que te amo mãe, e se você não vim também... Eu...Eu... Faço greve de fome até morrer.
- Amy.... Amy - Parecia nervosa. - Não discuta comigo, Amy Lee.
- Lauren, Lauren! - Imitei. - ouse me tirar daqui amanhã, para você ver só.
- Tá me afrontando, garotinha?
- Estou!
- Peste!
- Essa fala é da minha mãe. - Revirei os olhos, ela suspirou fundo do outro lado da linha. As vezes eu sentia medo quando ela fazia isso. Era sinal de que ela estava muito nervoso.... Muito.
- Você não tem jeito, vou ter quer ir te buscar mesmo, não é? Pois bem, eu vou te buscar e voltamos amanhã mesmo, está entendendo? Não é assim que você quer? então assim será.
- Tudo bem. - Dei de ombros. - Tchau, seu... seu... Insensível.
- Pirralha!
- Chato!
-Linda.
- Argh... Tchau, Lauren! - Franzi o cenho com muita raiva dela, e desliguei o celular.

Treinando A MamãeWhere stories live. Discover now