Capítulo 10 - Fogo no Céu

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- Que caras ? – pergunta, Don.

Owen se aproxima do filho e abaixa.

- Don, tem gente que sabe onde estamos, e nós não viemos causar nenhum tipo de guerra ! Viemos para devolver esse jipe, e não arrumarmos mais confusão ! Só que eles já podem estar lá uma hora dessas ! E pegar todo mundo de surpresa, por estar te procurando !!

Don começa a chorar, nervoso.

- Eu sou um idiota... me desculpa, Owen. – diz, colocando a mão no rosto.

Owen reconhece o gesto de colocar a mão no rosto para esconder o choro, era o mesmo que fazia quando era seu padrasto que brigava com ele, e não sua mãe. Ele se detém, mas acaba abraçando o filho, que chora ainda mais.

- Vamos voltar. – diz, Barry.

Owen encara Barry, sem condições de opinar com algo contrário.


O corredor da enfermaria está escuro, e o som abafado do que está acontecendo lá fora, não chega até lá. Tim entra no corredor correndo em direção à enfermaria, e é encurralado por um dos caras que invadiu Woodbury.

- É melhor você sair da minha frente. – diz, Tim.

- Senão você vai fazer o que, oh negão ?! – diz, ele, com o bafo de nicotina.

- Você não entendeu. Não existe a possibilidade de te poupar de nada, seu merda.

Tim perfura a mandíbula do cara com uma faca, e quando tira, o cara cai na hora. Ele passa por cima e vai até a enfermaria, e entra trancando a porta.

Tessa e Harry esperam agoniados.

- E David ?

- E a minha mãe ?

- Eu não vi ninguém, está uma guerra lá fora, eles são muitos ! Harry, cadê o Don ?

- Eu não tenho ideia ! Eu quero saber como minha mãe está. – diz, choroso.

Tessa abraça o menino e olha para Tim.

- A gente tem que fazer alguma coisa. – diz, Tessa, e Tim assente, mesmo hesitando um pouco.


Os caras passam em frente ao mercado improvisado feito por Viviene, Bia e Nora e atiram nas vidraças, sem percebem que Viviene e os filhos estão lá dentro. Ela pega na arma, mas o que homem que faz que vai entrar, desiste, por conta do barulho dos tiros que vem de outra direção. Carla treme, e mãe coloca a mão na boca, para que ela não chore, o segure o choro. A menina aperta os olhos.

- Por favor... – sussurra, Viviene, reforça ela.

A filha balança a cabeça e tenta se mexer pra perto da mãe, mas esbarra em uma prateleira, e uma das latas gira na mesa e cai. Um dos caras que passava, acaba ouvindo o barulho, e volta. Ele caminha até a entrada da loja, e empurra a porta, entrando, para o desespero de Viviene. Carla segura o choro, mas o homem percebeu a presença de alguém no lugar.

- O lobo vai te pegar... – diz, ele, enquanto bate com o bastão em uma das prateleiras, derrubando mais coisas.

Viviene tampa a boca da filha, com a mão, enquanto se espreme no corredor ao lado de onde o cara está.

Os Exilados de WoodburyWhere stories live. Discover now