Eu vou cuidar de você PT 2 - Imagine Jonathan Crane (Revisado 2020)

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{Postado May, 2018}
{Revisado 06.30.2020}

Eu vou cuidar de você - PT 2 - Jonathan Crane

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Eu vou cuidar de você - PT 2 - Jonathan Crane

Tudo era frio,
Tudo era escuro,
Tudo era triste,

Era assim que eu descreveria minha vida nesses últimos dois anos, desde que me jogaram nesse asilo para loucos eu não dormia direto, não comia direito, não vivia. Eu apenas estava em um estado vegetativo, e nada, nenhuma medicação, nenhuma terapia de choque, nada me fará esquecer dele. Desde os seus cabelos longos e castanhos, até os seus olhos, que nunca tive a oportunidade de ver abertos, ele era o meu motivo de vida, eu prometi que cuidaria dele, mas agora lá estava eu, a vitoriosa S/N S/S, uma enfermeira com um futuro pela frente, jogada num sanatório para loucos e psicopatas! Eu devia tratar gente assim, mas não, eu era assim!

Com o tempo eu fiquei amiga da loucura, eu e meus demônios interiores travamos uma luta sangrenta em que o prêmio era minha sanidade, infelizmente, eu havia perdido a luta a muito tempo.

Me virei quando percebi que alguém abrirá a porta de minha cela. – coisa que acontecia raramente – dois enfermeiros fortes me pegaram pelos braços, não tentei lutar, não valia a pena, e eu sabia disso. Eles me levaram pelo corredor vazio e escuro e só me soltaram quando chegamos a uma espécie de jaula-refeitório.

Dentro dela diversos loucos faziam suas atividades normais, como por exemplo, conversar com um boneco ou bater a cabeça na mesa até desmaiar, os olhei com desdém, eu era melhor que eles e sabia disso. Sentei em uma mesa isolada e todos me olharam.

Eu estava lá a muito tempo, mas nunca aparecia, para alguns eu era carne nova, tipo para Jerome Valeska, o ruivo de rosto costurado, lembro de cuidar de muitos dos policiais feridos de quando ele invadiu a delegacia. Não vou mentir ele tinha meu respeito, sim, ao contrário da maioria dos loucos daquele local eu respeitava Jerome Valeska, porém não tinha um pingo de medo dele.

Entendeu? Medo e respeito são coisas completamente diferentes.

Olhei para a mesa dos chefões, os piores dos piores, Espantalho, Chapeleiro louco e Jerome, que eu havia carinhosamente apelidado de Coringa, por quê? Por que por algum motivo, eu achei que esse nome combina com ele. Percebi o olhar do espantalho sobre mim, ele usava apenas uma máscara feita de saco de arroz, eu não parei de encara-lo. Algo chamava minha atenção nele.

Ele quebrou o contato para prestar atenção em alguma piada sociopata de Jerome e eu voltei a encarar a parede, fiz então a única coisa que me deixava menos insana, cantar. Fechei os olhos e comecei a cantar a música que eu cantava para Jonathan. Lembrei dele e algumas lágrimas desceram pelo meu rosto.

Quando abri os olhos novamente percebi o olhar de todos os detentos sobre mim, até os chefões estavam prestando a atenção, eu olhei para todos ali sem demonstrar medo. Então suspirei e falei.

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