A Fuga

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POV Christian

Quando a Ana me perguntou pela Ella eu pensei que ela estava a brincar, afinal, ainda a 10 minutos ela corria pelo jardim com outra menina, mas assim que vi o desespero da Ana entrei na casa atrás do Taylor, da Prescott e do Sawyer. Com a segurança reforçada lá fora eles têm se mantido aqui em casa.

- Sawyer, a Ella entrou aqui?

- Não Christian, ela estava lá fora.

- Ajudem-me a procurá-la.- digo e saimos atrás dela. Vejo a Ana ir em direcção ao portão e de repente ela grita o meu nome.- Vamos.

Corremos para o portão, vejo apenas os pés do segurança no chão e antes de chegarmos ao portão oiço a Ana a mandar a minha filha fugir para a casa Assim que chego ao portão a cena que vejo faz o meu coração parar, a Ella corre para o portão enquanto a Ana se manda para a frente de um homem. Oiço um tiro e logo vejo o Taylor e o Sawyer dispararem contra um segundo homem que está junto a um carro, a Prescott agarra a Ella e corre para a casa com a minha filha ao colo. O que vejo a seguir arranca-me o coração, vejo a Ana cair no chão e uma mancha vermelha tingir o seu vestido cor de rosa e grito.

- ANA!!!! - oiço os disparos e o homem a quem a Ana agarrava cai no chão, corro para a Ana e vejo-a fechar os olhos.- ANA, ANA MEU AMOR!!!! - seguro a sua cabeça e pego no telemóvel marcando 911.- Fala Christian Grey, preciso de ambulâncias e Polícia para o nº 210 da 40th Avenue E, Seattle, rápido, a minha mulher foi baleada... - grito ao telefone, tiro o meu casaco e coloco na barriga da Ana. Começo a ouvir gritar atrás de mim mas não percebo nada do que me dizem, a minha atenção está toda voltada para a minha Ana. Sinto mãos me tentarem afastar da minha mulher mas não a largo

- Christian, filho, deixa-me ver a Ana.- oiço a voz da minha mãe, olho para ela e afasto-me, segurando a cabeça da minha mulher enquanto choro.

~- Mãe, por favor, salva a Ana... E como está a Ella? A minha filha? Eu não posso viver sem elas. 

- A Ella está apenas traumatizada, está lá dentro com o teu pai. Ele vai levá-la depois de sairmos ao hospital para ser observada -diz ela enquanto observa o ferimento da Ana.-Acalma-te, a ambulância deve estar a chegar...

Oiço as sirenes, vejo os paramédicos chegarem perto da minha mulher e a minha mãe fala com eles. Eles tentam afastar-me mas eu não posso sair de perto dela, não posso perder a Ana. A minha mãe abraça-me e pede-me para eu os deixar ver a Ana, assim que a metem na ambulância oiço os gritos da Ella.

- MAMÃ!!!!! MAMÃ!!!! - eu vejo a minha pequena vir a correr e o meu pai atrás a tentar segurá-la.- PAPÁ!!!!!- Ela grita e eu corro para a minha pequena, agarro-a e aperto-a nos meus braços enquanto ela chora.- Papá, one tá a mamã?  Eu quelo a minha mamã!!!!- ela soluça nos meus braços.

- Filho.- diz a minha mãe colocando a cabeça fora da ambulância.- Vamos para o hospital central, leva a Ella no carro que eu vou com a Ana na ambulância. - ela diz e entra fechando a porta. 

Quando olho está o Taylor com o Sawyer a entrar no meu carro, o meu pai entra também assim como eu com a minha pequena no colo. Peço ao Taylor para que mande a Prescott e o Bob buscar o Ray a casa mas que o vou avisar do que aconteceu e que eles não lhe devem dizer nada, quero ser eu a dizer-lhe.A Ella soluça abraçada ao meu pescoço e eu choro abraçando-a apertado, sentindo o braço do meu pai nos meus ombros. Se a Ana não tivesse dado por falta da pequena tinham levado a nossa filha. Eu vou apanhar quem fez isto e vão-me pagar bem caro... Quero-os mortos, cadeia é pouco para eles. Não sei quem soluça mais, se eu se a Ella. Assim que o carro para á porta do hospital saio com a minha princesa e logo vejo o Dr Santiago, colega pediatra da minha mãe á porta, acredito que á espera da Ella.

- Christian, a tua mãe pediu para eu avaliar a Ella. Vamos entrar?- eu apenas assinto e entro atrás dele para o seu consultório.

- Pai, vê da Ana e diz-me assim que souberes alguma coisa e liga para o Welsh a ver se ele já descobriu alguma coisa. Eu vou ligar para o Ray. - digo e entro com a Ella no consultório. O Dr Santiago tenta avaliá-la mas o estado nervoso da minha menina não deixa. O Dr Santiago diz-me então que o melhor será sedar a pequena e após eu concordar a enfermeira dá-lhe um sedativo e rapidamente ela apaga. Enquanto o Dr a avalia o Sawyer fica com ela e eu saio para ligar para o Ray. Ele atende-me ao segundo toque.

- Christian, o que se passa? O noticiário está a passar que houve um atentado contra ti.- diz ele.

Conto-lhe tudo o que aconteceu sem conseguir evitar de chorar, digo-lhe também onde estamos e  que a Ana está a ser avaliada mas provavelmente terá de passar por uma cirurgia e que estou com ela e com a menina no hospital. Ele diz que vem já para cá e eu aviso que estão lá o Bob e a Prescott á espera dele e pedi-lhe para ele pedir á Gail para vir com ele para poder olhar pela Ella. Despedimo-nos e eu volto a entrar no gabinete.

- Christian, a pequena apenas tem hematomas, para além de provavelmente estar em choque devido á situação. Vamos deixá-la em observação apenas por precaução e gostaria que assim que o sedativo passasse ela fosse vista pela pedo-psiquiatria. 

- Claro Santiago, tudo o que for necessário para a minha pequena. É só me dizer. - Abrem a porta e a minha mãe entra.

- Christian, preciso que me assines uma autorização para a cirurgia da Ana...

- Cirurgia mãe?

- Sim, para retirar a bala. Eu sei que não é habitual mas na situação dela é preciso.

- O que se passa mãe? Não me esconda nada...

- A bala está logo abaixo do pulmão, não apanhou nenhum orgão, mas ...

- Mas?????????- digo já assustado.- Mãe, o que se passa?

- Filho, a Ana está grávida...