- Quantas fotos minhas você têm? - cruzo os braços contra o peito, exigindo uma resposta.

- Eu não vou apagá-las, só para esclarecer. E eu tenho... Bem, o bastante para fazer um álbum só seu no meu celular.

- O que? - minha boca se abre e eu estou horrorizada.

- Não me olha assim. Foi o único jeito que achei para ter lembranças suas. - ele encolhe os ombros e continua antes que eu possa falar - Agora pare de fugir e faça uma pose para mim. - ele se afasta levemente e ergue o celular posicionando a câmera na minha direção.

Olho em volta, sentindo meu rosto esquentar imediatamente e encolho os ombros. A ponte não está tão movimentada e acredito que seja pelo frio que está fazendo. Apenas tem um casal a cerca de dez metros de nós e uma família aparentemente de quatro pessoas caminhando pela ponte.

Mesmo com essas poucas pessoas, não me sinto confortável em tirar fotos. Eu mal consigo fazer isso sozinha e me aterroriza saber que Harry tem tantas fotos minhas no seu celular. Tenho fotos dele, mas poucas e que ele sabe que eu as tirei. A maioria está na minha câmera ou em alguma pasta no meu computador. Ok, eu sei que faço o mesmo que ele faz comigo, mas ele não tem problemas com isso, como eu tenho.

- Bella... - ele choraminga para mim.

- Eu acho que você já tem fotos suficientes de mim, certo?

- Apenas uma. Por favor.

- Ok... - bufo relutante e ignoro o sorriso vitorioso estampando seu rosto.

Me encosto ao lado da pedra e forço um sorriso. Sinto uma vergonha aguda enquanto faço isso mas agradeço por ter sido rápido. Harry abaixa o celular e abre um pequeno sorriso satisfeito olhando para o mesmo.

- Ficou boa. Quer ver?

- Não. Agora é sua vez. - me aproximo dele e pego o seu celular da sua mão.

Ele assente em concordância e para ao lado da pedra, onde eu estava. Harry sorri largamente e infantilmente, erguendo os polegares para mim. Tiro a foto com um sorriso e observo em seguida. Ele sem dúvidas, é muito fotogênico.

- Como ficou? - ele pergunta se aproximando.

- Ótima. - ele olha para o ecrã do seu celular junto comigo. - Queria poder ter tirado com o meu.

- Eu te mando depois. - ele assegura e deixa um pequeno e ternuroso beijo em minha bochecha.

Atravessamos a ponte e fomos para o outro lado, conversando sobre as construções e o tempo que elas foram feitas. Depois de andarmos pelas construções mais antigas, onde a maioria das coisas eram feitas de pedra, fomos para a parte mais contemporânea e Harry insistiu em entrar na cabine telefônica vermelha, onde agradecidamente não tinha ninguém ao não ser nós dois.

Novamente, tirei fotos dele ao lado dela, virando assim, uma espécie de fotógrafa dele o resto do caminho. Não reclamei claro, eu me diverti muito com as suas posses e seu sorriso infantil. Andamos o restante do tempo pelas ruas desertas e charmosas de Londres, brincando em andar no meio fio das calçadas.

Entramos em algumas lojinhas de artesanato local, lembrancinhas e etc. Compramos uma miniatura do ônibus vermelho, e um globo de neve, dando assim, uma lembrancinha para ele e para mim.

Era quase seis horas quando voltamos de volta para ponte Westminster, ambos com saquinhos de pipoca nas mãos. Estava um pouco mais movimentado a ponte e paramos no mesmo local do que a primeira vez, observando o já fraco sol, se pondo.

Harry felizmente largou o violão encapuzado ao seu lado, e esfregou o ombro provavelmente dolorido, com a mão. Eu até pedi para levar um pouco, para não ficar tão pesado para ele mas ele insistiu em dizer que estava tudo bem. Depois eu quem sou teimosa.

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