Capítulo 26

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Nova York, 16/11/17 12:13 pm

POV Camila

Taylor não deu mais nenhum trabalho, parece que a conversa com a Lauren deu um resultado melhor que o esperado.
Por incrível que pareça ela se aproximou muito de Ariana e Ally.
Estavamos todas juntas, na hora do almoço, mas Taylor sempre sobrava, afinal éramos quatro casais e ela sozinha. A gente tentava dar atenção a ela e até envolver ela na conversa, que ela participava da bom grado, mas parecia meio perdida ainda. Ela não estava na nossa sala e parece que na dela não conseguiu fazer amigos. O povo dessa escola é bem imbecil.

Taylor: Tô com saudade do Chris. Ele sempre me dava atenção.

O Chris foi embora no domingo, ele estava no mesmo ano que a gente e tinha provas importantes.

Lauren: Eu te dou atenção Tay.

Taylor: Você tem a Camila, Ari tem a Liz, Ally tem a Alexa. Vocês me dão atenção, mas precisam ficar com suas namoradas.

Eu: E que tal arrumarmos uma namorada pra você?

Taylor: Não me leve a mal, mas eu gosto de homens. E aqui não tem nenhum que me interesse. Ou quase nenhum...

Eu: Ah... Então tem algum?

Taylor: Bom... Tem o... Aquele bonitinho da sua sala. Do cabelo castanho. Não muito alto...

Ari: Acho que ela tá falando do Shaw.

Fiz uma careta, esse babaca tentou me beijar quando cheguei aqui, mas isso tem anos.

Ally: Posso convencer ele a sair com você.

Ally estalou os dedos ameaçadoramente.

Lauren: Não Ally, ninguém vai bater no menino pra ele sair com a Tay.

Ally: Poxa, a vida de certinha é chata.

Todas rimos e continuamos a conversar. Eu estava gostando muito da vida de certinha, me deu muitas coisas boas.

Nova York, 16/11/17 6:15 pm

POV Camila

Lauren tinha nos deixado na casa da Ari, onde fizemos um trabalho. Quando terminamos decidimos ir pra minha casa, minha mãe não estaria lá, tinha ido ver minha tia em outra cidade e levado a Sofia.
Chegamos na minha casa e eu acendi as luzes da cozinha.

Alejandro: Oi filha.

Ari se colocou na minha frente de forma protetora. Ele não podia estar ali, ele devia tá preso. Meu corpo inteiro começou a tremer.

Ari: O que você está fazendo aqui?

Alejandro: Vim ver minha filha. Você não precisa do cão de guarda Camila, mande ela embora.

Ari tinha os braços meio abertos e jogados um pouco pra trás, como que pra me segurar, me protegendo.

Ari: Camila nunca mais vai ficar sozinha com você.

Alejandro: Camila.

Eu não conseguia fazer ou falar nada, meu corpo inteiro tremia. A calma e a frieza que ele demonstrava me deixavam com mais medo que qualquer coisa.

Alejandro: Tudo bem. Na frente do cão de guarda então. Eu não quero machucar vocês Camila. Eu vou fugir, vou pro México. Mas eu tô foragido, preciso de dinheiro. E você vai arrumar pra mim Camila.

Ari: Ela não vai fazer nada pra você. Eu vou chamar a polícia.

Alejandro sorriu, encarando Ari com superioridade.

Alejandro: Eu não estou sozinho. Nesse momento tem dois amigos seguindo Sinuhe e Sofia. Como eu disse não quero machucar vocês, mas se eles souberem que chamaram a polícia, ou que algo aconteceu comigo, ou que não vai arrumar o dinheiro pra gente... Sua mãe e sua irmã morrem Camilinha.

Eu tremia da cabeça aos pés, mas a ameaça a minha família me deu coragem.

Eu: Não se atreva a encostar nelas Alejandro.

Alejandro: Você ainda fala. Eu não preciso machucar elas Camila. Mas você precisa me arrumar cinco mil.

Eu: Isso é muito dinheiro.

Alejandro: Se vira Camila. Eu te dou uma semana. É o tempo que a Sinu vai ficar fora. Se você não arrumar o dinheiro nesse tempo, elas não vão chegar em casa. Uma semana Camila. E nem pense em por a polícia no meio.

Alejandro passou por nós e saiu pela porta. Isso não podia ta acontecendo, me joguei no chão e comecei a chorar.

Ari: Mila calma.

Eu: Ele vai matar minha mãe e a Sofia Ari.

Ari: Não vai Mila. Não vai. Eu vou te ajudar. Tenho certeza que a Lauren também.

Eu: Você não ouviu ele Ariana? Se eu contar pra Lauren ela conta pra polícia e ele mata elas.

Eu estava me abraçando, chorando, desesperada. Ari me abraçou.

Ari: Então tudo bem Mila. A gente faz do jeito das perigosas. Eu e a Ally vamos estar com você, como sempre.

Abracei minha amiga, o medo e o desespero me matando, mas eu não ia deixar ele machucar as pessoas que mais amo na vida.

A nerd e a marginal (camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora