Capítulo 17

743 64 1
                                    

Nova York, 21/09/17 6:03 pm

POV Lauren

Chego em casa e Liz está no sofá me esperando.

Liz: Fiz uns sanduíches pra nós.

Sento ao seu lado e pego um sanduíche.

Eu: O que quer de mim?

Ela sorri sem graça.

Liz: Eu quero saber o que te fez ficar do lado das perigosas.

Eu: Tirando o episódio do primeiro dia elas nunca me fizeram nada de mal. E não conheço a tal da Keana.

Era uma resposta ensaiada e eu tenho certeza que Liz não caiu nessa, mas ela é esperta, não perguntou nada e me olhou.

Liz: Vai me contar dia?

Eu: Sim. Agora eu preciso subir e fazer uma ligação pra Miami.

Dou um beijo na testa dela e subo fechando a porta do meu quarto. Disco o número e espero, após quatro toques uma voz maravilhosamente conhecida atende.

Vero: Quem está me ligando essas horas caralho?

Eu: É muito bom ouvir sua voz Iglesias.

Vero: Jauregui!! Sua piranha, você atrapalhou minha foda.

Eu: Tenho faro pra isso querida. Oi Lucy.

Eu já sabia que estava no viva voz, conheço muito bem Vero.

Lucy: Porque está ligando em hora tão propícia Lauren?

Eu: Vero, você não pode assumir um caso aqui em Nova York né?

Vero: Não como advogada principal, apenas auxiliando.

Eu: Acha que pode vir pra cá me ajudar? Eu pago bem.

Vero: Você teve notas ainda melhores que as minhas em direito Lauren.

Eu: Eu sei. Vou ajudar também. Mas você é a melhor advogada em exercício que conheço Vero. E como disse, vou pagar bem.

Vero: Não precisa me pagar Jauregui. Estarei aí em dois dias. Agora posso voltar a foder?

Eu: Pode, mas vai com calma Iglesias, não quero sobrinhos.

Lucy: Tchau Lauren.

Ela desliga e fico tranquila, sabendo que Vero vai me ajudar.

Nova York, 23/09/17 6:37 pm

POV Lauren

Vero corre até mim e me aperta.

Vero: Só você pra me tirar de Miami Jauregui.

Eu: Você nunca sai. Sua bunda tá ficando realmente gorda Iglesias.

Ela e Lucy me olham fingindo choque e rimos, Lucy me abraça.

Lucy: Como está Lauren?

Eu: Melhor com vocês aqui. Mas vamos que tem gente nos esperando.

Entramos no carro e dirijo até a casa de Ari, onde combinei de me encontrar com as perigosas e levar uma amiga.
Chegamos, Ari abre a porta e após apresentações e cumprimentos, todas as seis se sentam.
Vero espera pacientemente, mas percebo que já assumiu seu ar profissional. Só assim pra ela parecer ter seus vinte e três anos e não uma adolescente bem louca.

Eu: Bom, a Vero é formada com honras em direito penal na Universidade da Califórnia. Ela é uma excelente advogada. E vai ajudar vocês, nós, a desmascarar a Marie.

Ari: O que?

Eu: Ela não pode ficar impune.

Ally: Mas já tem quatro anos.

Vero: Homicídio doloso é um crime que não prescreve. Podemos manda-la pra cadeia facilmente.

Eu: Olha, só precisam contar a ela o que aconteceu. Ela vai provar, e mandar a Marie pra cadeia.

Camila: Não pode fazer mal gente. Contem a ela.

E as perigosas contaram. Vero ouviu tudo e fez anotações e quando terminou olhou pras meninas.

Vero: Bom, vocês agiram sob coação. Nenhuma de vocês machucou ninguém e o crime de invasão, já que acabaram não levando nada, prescreve após um ano. A grande questão é que não existem provas. O caso foi arquivado por falta de provas, e vou precisar de alguma pra reabrir o caso. Infelizmente a palavra de vocês não será o suficiente.

Ari: E a arma? Ou a faca?

Todas olharam pra ela.

Vero: Bom, qualquer um dos dois não apenas reabriria o caso, como praticamente condenaria ela. Mas você sabe onde estão?

Ari: Ela enterrou os dois. Eu sei aonde.

Eu, Ally, Camila, Vero e Lucy: Sabe?

Ari: Ela enterrou no topo do morro atrás do campinho. Era onde a gente enterrava nossos pequenos tesouros quando criança.

Vero: Como sabe disso?

Ari: Na noite que voltei do hospital, quatro anos atrás, vi ela lá, cavando como a gente fazia quando criança. E tenho certeza que foi essas coisas que ela enterrou.

Todas ficamos olhando pra ela.

Vero: Bom, se tem certeza, vou pedir a reabertura do caso. Mandar que verifiquem. E se estiver lá, provamos que ela fez isso e a mandamos pra cadeia.

Ela sorriu pras perigosas e elas devolveram o sorriso, assim como eu.

A nerd e a marginal (camren)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora