20 Epílogo: Jacob

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5 anos depois...

Parecia que quanto mais Jace acelerava o carro, mais ele não saia do lugar, e o desespero fazia o tempo correr na velocidade da luz, nos deixando a mercê de seus acontecimentos. Quando fizemos a ultima curva, e chegamos ao final na entrada, Jace freio bruscamente.

_VAMOS, JACE! – gritei ao sair do carro correndo em direção a floresta, largando a Ferrari de Arlekin no meio de uma estrada abandonada. Sequer lembrava como tínhamos chegado até ali. Precisava me orientar – ONDE ESTA, INFERNO? – gritei para o nada parando e olhando ao redor.

_ALI, JAKE, O CUME! – ao se colocar ao meu lado, apontou para a elevação escondida por entre as arvores.

_VAMOS! – gritei já retomando a corrida.

_MAS QUE MERDA! – bradou ao se juntar a mim em nossa corrida contra o maldito tempo – ONDE ESTA AQUELE ANDARILHO QUANDO PRECISAMOS DELE PARA VIAJAR NO TEMPO, HEIN?

Poucos minutos antes havíamos recebido de Cam, dizendo que Ra’s estava fora de controle e obcecado por um conjuro proibido para livrar-se de sua “fraqueza”, como ele mesmo costumava colocar. O problema era o grau de risco elevado daquela maldita conjuração, exigindo mais do que meros ingredientes mágicos, exigia a vida da pessoa, a essência, por todos desconhecida, por alguns chamada de alma, KI, SHI, Chackra entre outros nomes por diversas culturas. Porem, fato era, o conjuro exigia uma quantidade de energia absurda, seria necessário o sacrifício humano de inúmeras pessoas para realizar tal ato, e Ra’s estava disposto a qualquer coisa para se tornar mais forte.

_por favor, tem que dar tempo! Por favor, tem que dar tempo! Por favor, tem que dar tempo! – meu irmão começou a repetir aquilo como um mantra. Tinha que dar tempo, precisava dar tempo – o maldito tempo tem que dar! – rosnou entre dentes.

Corríamos por entre as arvores, subindo aquele cume o mais rápido que nossas pernas nos permitiam, ali em cima, era o local perfeito para um conjuro daquele porte, pois a terra era magica, fora fertilizada com magia por incontáveis anos, sacrifício após sacrifício, ali também era um dos pontos onde o vento fazia sua curva, chocava-se consigo mesmo vindo dos quatro cantos e retornava a sua origem, do mesmo modo que a lua brilhava ali com tamanha intensidade que sua energia era armazenada pelo solo.
Aquele maldito lugar era perfeito para aquela atrocidade. Já estava quase amanhecendo, e o sol iria surgir a qualquer momento, nos deixando ainda mais aflito, pois para que o conjuro desse certo, e Ra’s conseguisse o que queria, era necessário o nascer do sol, o momento onde luz e trevas se separavam! Já tínhamos perdido o inicio do processo, pois a primeira parte do conjuro deve ser realizada quando a noite nasce e o sol se põe, a primeira separação de luz e trevas, seguido assim pelo final do ritual ao nascer do sol, com a separação definitiva entre noite e dia.
Quando finalmente chegamos ao cume, o sol já estava posto, e iluminava a planice e trazia consigo o nascer de um novo dia. Dentro de um circulo que se desfazia como pó levado ao vento, estava Ra’s, completamente exaurido de suas forças, com um símbolo desconhecido em suas costas, parecia ser a metade de um astro, porém com um uroboro no centro. Somente quando nos aproximamos, percebemos o pequeno e delicado corpo abaixo do seu.
Era uma menina. Aparentava ter por volta de 15 ou 16 anos, assim como Ra’s, era ruiva e tinha a pele alva como leite.

_precisamos tirar eles dois daqui! – falei – pegue-a, eu levo esse moleque inconsequente!

Com um esforço relativo, os levamos para a mansão, e conseguimos trata-los sem a necessidade de externar seu atendimento. Cam estava furioso conosco, por não termos percebido o sumiço de inúmeros grimórios de nosso pai por um curto pedaço de tempo, e principalmente com Arthur, por ter ensinado segredos da alquimia, que somente nosso pai um dia soube.
Não sabíamos se Ra’s tinha conseguido ou não, realizar o conjuro, porém quando ele surgiu no corredor envolto em sombras, andando calmamente, sem qualquer receio por suas ações, algo dentro de mim, instigou-me a manter-me afastado.

_eu consegui... – declarou claramente, como que apreciando cada palavra dita.

_impossivel... – meu irmão murmurou.

_era impossível, Jhonatan! – respondeu saindo de vez do corredor, e parando na entrada da sala, revelando a todos o seus olhos, agora âmbar, totalmente inexpressivos, enquanto seus lábios formavam um sorriso, que não chegava aos seus olhos.

_Ra’s... O que você fez? – Cambriel perguntou temeroso.

Ante a sua resposta, inevitavelmente temi pelo futuro de toda nossa família; porém lá no fundo, algo se acendeu dentro de Jace, e passou para mim, através de nossa ligação.
“Ainda há esperança!”





Então meus pandinhas lindos, muito obrigada por terem nos acompanhado até aqui!
Terminamos mais uma etapa e com gostinho de quero mais!
A qualquer momento, quando der a louca, voltamos com o livro final!
Decidi deixar todas as tretas para o próximo livro, que vai ser mais compridinho! Prometo caprichar!
Beijinhos no coração!
Em breve
#A Cabeça do Dragão - Livro 5 - Série Imortais (Finale)

Irmãos Collins - Série IMORTAIS - Livro 4حيث تعيش القصص. اكتشف الآن