"Como posso amar quando tenho medo de me apaixonar?"

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Depois do pedido de Dylan, tive a brilhante idiotice de em ficar em dúvida.

Pedido de namoro ou de casamento?

Céus! Sou tão idiota!

Fico agoniada para perguntar, mas me seguro, afinal, não quis estragar o momento. Depois do jardim, fomos para o quarto de Dylan. Dizer que fizemos amor não é a palavra exatada para definir nossa noite. O que aconteceu no quarto de Dylan foi muito mais que isso.

Foi... mágico? Sim, com certeza. Foi... inexplicavelmente espectacular.

Dessa vez foi diferente, um diferente bom. Havia amor, amor de verdade. Havia sentimento. Alegria. Medo. Urgência. Desespero. Ansiedade. Paixão...

E tudo mais que você possa imaginar. Simplesmente esquecemos de tudo e vivemos para aquele momento. Nos amando como se fosse nosso último dia na terra...

                                    *

Uma fraca luz azulada invade o quarto de Dylan. Sinto uma leve pontada no quadril. De novo.

Estou a muito tempo na mesma posição, mas não quero sair dela. Apenas me remexo até parar a pontada. Estou apenas enrolada em um cobertor dele. Acho que ainda está amanhecendo.

Sem abrir os olhos, mas acordada sinto o rosto de Dylan colar ao meu.
Posso sentir que seu perfume de ontem ainda está presente em sua pele. Ouço seus lábios se abrirem.
Ele sabe que estou acordada.

- Você pode guardar um segredo? - diz ele aos sussurros.

Ele me tira um sorriso sonolento e faço que sim com a cabeça.

- Você vai ser minha esposa...

Esposa. Casamento...

De repente toda dúvida de mim evapora. Eu vou me casar com Dylan Evans.

Eu já disse sim.

                                  

Jackie nos prepara um delicioso café da manhã com sucos, iogurtes, bolos, tortas de morango e de limão, e muitas frutas.
Quando acordo pra valer, Dylan havia deixado uma linda rosa onde esteve deitado, e de novo, meu anjo me tira um sorriso dos lábios.

Depois do café, almoço e por fim, no fim da tarde, tomo um bom banho. Coloco a mesma meia-calça de ontem e a mesma bota, mas um vestido diferente. Azul clarinho colado de mangas. Vou à varanda de Dylan e sinto a brisa fresca daquela tardezinha de Agosto. Dylan entra alguns minutos depois, percebi que ele passou a ser vestir diferente. O jeans preto continua com ele, mas não usa tantas blusas sociais agora. Ele está de sapatênis bege e marrom, com uma blusa grossa cinza clara de mangas compridas e gola V.

Meu garoto está tão maduro.

Ele entra na varanda e me abraça por trás, colocando os braços sobre os meus.

- Me diga... - ele fala ao meu ouvido. - O que minha bela futura esposa está pensando?

Esposa...

Engulo o seco e respiro fundo internamente, afinal, tenho que me acostumar com essa palavra a partir de agora.

- Em nada, na verdade... apenas sentindo a brisa...

- Está... arrependida?

Eu viro e o encaro.

- Arrependida de quê?

- De... disso. - ele pega minha mão e toca em meu dedo direito onde está o anel azul.

- Óbvio que não.

Mil Noites Sem Ela (CONCLUÍDO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora