Capítulo 21

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Leia ao som de John Mayer - XO

(clique no vídeo acima para ouvir enquanto lê)


Senhor Fitz continua me fitando, com esses olhos que são minha perdição. O que eu faço com esse homem? O que eu faço com essa vontade que ele desperta em mim? Eu não respondi sua pergunta. Fui pega tão desprevenida que minha boca não solta sequer um murmúrio.

- Também posso tomar sozinho se você quiser. – Ele dá de ombros e caminha para o banheiro, sem olhar para trás. Não espera pela minha resposta. Não sei se sua voz denota decepção ou um ar de travessura. Desafio.

Talvez ele não tenha reparado que eu estou paralisada dos pés a cabeça. Sem perceber que eu não consigo sequer me mexer. Esse homem ainda vai me levar à loucura. Como ele não entende que eu o desejo tanto quanto ele me deseja? Que espécie de jogo ele está jogando comigo? Ele quer que eu implore? Não sou esse tipo de mulher. Sinto muito, Senhor Fitz, mas eu não sou esse tipo de mulher.

Deixo-o ir para o banho sozinho. Vou para meu quarto, deixo as malas em um canto da parede e abro meu armário. Pego uma toalha limpa do guarda roupa. Sento na minha cama, preciso de um pouco de ar. Claro que eu já vi o Senhor Fitz nu, mas agora é diferente. Agora estou com todos os meus sentidos sãos. Ou não. Eu já disse, esse homem vai me enlouquecer. Como ele pode soltar uma proposta dessas assim do nada?

O que eu ainda estou fazendo aqui parada? Por que eu me travo? Por que eu não me permito viver? Permito-me deixar fluir?

Ok, nada de amarelar. Que boba você, Lizzie.

Levanto da cama para levar a toalha para ele. Bato na porta do banheiro. Giro a maçaneta, apesar de já imaginar que ela estará trancada.

Ela não está.

Meu coração dá um solavanco. Acho que não consigo respirar. O que há comigo?

O que há comigo?

Abro a porta, minhas mãos trêmulas.

- Vou deixar a toalha pendurada. – Me ouço dizer.

A água do chuveiro para de cair ao final da minha frase.

Preciso sair daqui ou vou morrer por insuficiência respiratória.

- Obrigado, você chegou bem na hora que eu acabei.

Ele pega a toalha que está pendurada e sorri para mim.

- Lizzie, você parece estar em pânico. Fiz algo errado? Não queria te deixar não à vontade. Principalmente na sua própria casa.

- Estou bem. É que tudo isso ainda soa estranho pra mim.

- Não precisa soar. Porque eu não pretendo ir a nenhum outro lugar mais. Lizzie. Eu não vou a nenhum outro lugar mais. Não vou desistir de você. Você me tem por inteiro. Não faço questão de isso mudar. Você sabe. Então se acostume.

Tudo gira na mesma hora. Quando dou por mim Senhor Fitz já está me beijando. Um beijo quente, doce, educado. Me beija lenta e delicadamente. Cada parte minha se aquece com esse beijo. Ele encosta meu corpo na parede e me beija com um pouco mais de pressa.

Seu beijo agora mais ágil. Como se eu pudesse fugir dele a qualquer momento. Como se eu fosse desaparecer e toda a sua vida dependesse desse beijo. O tipo de beijo que te faz esquecer o que está ao redor. Como eu amo esse beijo.

Como eu amo esse homem. Sim, eu amo Senhor Fitz. Tenho total consciência disso enquanto sua mão desce pelos meus quadris, me puxando para ainda mais perto dele. Sentindo o quanto ele me quer. E eu o quero. Eu realmente quero esse homem.

Um encontro com Sr. DarcyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora