📌Aparição

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No dia seguinte, Matt estava em seu escritório. Ainda estava atordoado com o evento anterior. Achava que estaria mais perto de encontrar o assassino que tanto tinha lhe tirado a paciência, mas infelizmente estava enganado. Filipe ainda não tinha resolvido as coisas na outra delegacia, então ele continuaria no comando por hora.

Foi confirmado que o morador de rua tinha matado o menino, as redes de notícias chocaram com essa informação. Só se falava nisso, e muitas perguntas sem respostas surgiram. Porque matou o menino e se matou? Qual a ligação entre eles? Ambos se conheciam?

Matt sabia a respostas, mas não podia chegar na impressa e revelar seus poderes ao mundo, até poderia, mas a que custo? Durante algum tempo ele ficou se perguntando se era o único com essas habilidades. Nunca foi atrás para saber se tinha mais alguém que podia ver o passado, mas se existiam pessoas assim, era um segredo guardado a sete chaves.

Estava distraído quando ouviu seu celular tocar. Levou um susto, pois era muito difícil alguém ligar para ele, já que as chamadas eram mais caras, então as pessoas preferiam ligar no telefone residencial. Atendeu a chamada.

— Detetive Matt Lewis. — disse, mas ouve um silêncio do outro lado da linha, o que era estranho. — Alô?

— Matt, me chamo Douglas...— sussurrou. — Acho que serei morto.

— Como tem meu telefone? E quem é você? — perguntou surpreso, já havia recebido trote uma vez e temia que aquilo estava acontecendo novamente.

— Desculpa, eu sei que não vai acreditar em mim, mas eu preciso de ajuda, vi seu número em um cartão e acho que pode me ajudar.

A voz do garoto não oscilava, parecia que de fato falava a verdade.

— Estou ouvindo, onde você está? — perguntou.

A linha ficou muda novamente e depois caiu. Matt ficou um tempo com o celular na orelha, esperando que o menino retornasse, mas não aconteceu.

Tinha um nome, Douglas, mas muitas pessoas se chamavam assim. Não podia fazer nada, a única opção era esperar outro corpo aparecer. Uma súbita torrente de pensamentos negativos sobreveio em sua mente. Estava cansado de ver gente morta, cenas agonizantes e pensar que alguém que suspostamente o conhecia estava armando isso.

Aquilo lhe fazia se sentir mal, doía em sua alma pensar daquela forma, mas se tivesse que vivenciar isso para encontrar o assassino, iria até o fim.

O telefone tocou novamente.

— Douglas? — perguntou.

— Aqui é o Filipe, estava esperando uma ligação, amigo? — perguntou ele.

— Achei que sim, mas pelo visto quem me ligou poderia estar tirando uma com minha cara. — respondeu.

— Você distribuiu cartões pela cidade toda com seu telefone, claro que teria trote meu caro. — A ligação começou a chiar um pouco. — Eu só liguei para saber como estão as coisas na delegacia.

— Está indo bem, nada diferente do habitual

— As suas informações sobre o morador de rua ter matado o menino, ajudou muito a policia a solucionar o crime. Só não sabemos o motivo.

— Eu sou o motivo, o garoto só morreu para que eu recebesse um alerta do assassino.

— Mas porque ele faria isso?

— Não sei, acho que estou chegando perto de descobrir e isso deve está irritando ele.

— Bom, tenho que ir, estas reuniões estão me matando em. Agora eles querem ver nossos arquivos dos últimos casos resolvido, irei omitir tudo relacionado as nossas investigações particulares, está bem?

Todos Eles Podiam Ver (Completo) (SOB REVISÃO)Where stories live. Discover now