# 18 Sob a luz do Luar

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Ao chegar no vilarejo, voltaram a bater na porta da camponesa no meio da madrugada, depois de alguns minutos, a moça abriu a porta devagar, e olhou fixamente para eles, seus olhos recheados de olheiras, e cabelos despenteados. - ora, são vocês, encontraram com ele? ele está bem?
- Vai ficar. - Respondeu Anivya.
- Por favor entrem, entrem. - Disse a moça escancarando a porta. Ao entrar eles viram rainha lizbeth, dormindo torta na poltrona perto a lareira, ainda acesa e aquecendo a sala escura.
Magnus seguiu a moça até seu quarto, e deitou Hurodin em sua cama. a Moça deu um beijo na testa do marido, e o abraçou bem forte. - Obrigada... - Disse ela chorando. - Pensei que eu tinha perdido ele para sempre.
- Não perdeu. - Disse Anivya entrando no quarto com Léoric. - Mas é bom que você tome cuidado, ele contraiu a licantropia do lobo primordial, pelo menos duas vezes ao mês ele vai se transformar, mesmo com o antidoto milagroso que eu fiz ele beber.
- Eu agradeço muito majestade. - Disse a moça limpando seus olhos. - Vocês tem algum lugar para passar a noite?
- Bem estávamos procurando por uma estalagem, quando...
- Fiquem! - A moça exclamou interrompendo o Arquimago.
Magnus olhou para o olhar fixo da moça para Léoric.
- É o minimo que eu devo fazer a vocês, minha casa não é tão grande, mas podem se acomodar aonde quiserem.
- É mais do que o suficiente, Obrigado. - Disse Léoric em um tom gentil.
Então eles deixaram Hurodin aos braços de sua esposa, e encontram algum lugar onde pudessem descansar, havia dias em que eles não dormiam aquecidos sob um teto e uma lareira.

A manhã seguinte começou mais tarde do que o Habitual, Magnus levantou, acordou Rainha Lizbeth, e explicou tudo que havia acontecido na noite passada, Anivya levantou de sua meditação e deu uma pancada em Léoric que babava em suas vestes. ele acordou puxando seu cajado rapidamente, depois que viu que era Anivya abaixou a cabeça e fechou os olhos de novo.
Foram para o quarto da anfitriã, e bateram de leve na porta, a moça abriu sorrindo, avistaram Hurodin na cama, comendo um pão amanhecido, com a sua cabeça enfaixada. - Ele está ótimo!
- Fico muito feliz. - Disse Anivya entrando no quarto. - Hurodin? Prazer sou a Rainha Anivya de Alioth, você por acaso se lembra de alguma coisa?
- Eu... eu... - Disse o rapaz com dificuldade. - Eu havia ido caçar na floresta com alguns companheiros, quando eu vi aqueles olhos vermelhos em minha frente, pensei que estava morto.
- E por pouco não está. - Disse Magnus olhando para Léoric. - Aqueles olhos vermelhos pertenciam ao lobo Primordial, um inimigo de Classe A da Ordem, no fim o resultado foi positivo em saber que acabamos com um inimigo desse porte, com um numero minimo de baixas.
- Tem razão. - Disse Léoric. - Que bom que está bem.
- O antídoto que eu fiz para você, não será o suficiente para parar suas transformações por completo, você virá a se transformar em média duas vezes por mês, procure se afastar o máximo possível desse vilarejo, de preferência, se isole em algum lugar onde você não possa ferir ninguém.
- Pode deixar majestade.
- E cuide bem de sua filha que está pra vir em. - Sorriu Magnus.
Hurodin olhou para a barriga de sua mulher, e sorriu. - Que bom que eu não estou morto... Eu ainda tenho muito o que fazer aqui...
- Agradeço pela hospitalidade senhora, mas estamos de saída. - Disse Léoric. - Vamos pessoal, nosso papel aqui acabou.
- Tem razão. - Disse Magnus. - Foi um prazer conhecer vocês, se cuidem.
Anivya sorriu e acenou como despedida, foram até o cercado montaram em seus cavalos, e partiram do vilarejo dando adeus.

Depois de algumas horas de cavalgada, o sol estava quase se pondo e Anivya sentia suas mãos ardendo das rédeas, quando se depararam com três figuras na frente de um moinho de pedra. O elfo do meio montado em um puro sangue, se aproximou. - Minha rainha. - Acenou para Anivya.
- Como vai Arcaladin? - Tudo em ordem?
- Sim majestade, um mensageiro de seu marido me trouxe isso. - O elfo entregou uma carta com selo élfico entalhado nela.
Anivya abriu e lá estava escrito as palavras de seu marido.
Meu amor
Essa semana aconteceu tanta coisa, se lembra daquela profecia de Alihanna? aconteceu da forma que ela nos disse, a garota chegou perdida aqui em alioth, seu nome é Mhysa, estava desacreditada e com medo, mas não se preocupe eu ajudei ela, do jeito que Alihanna queria, e ela está com nossa princesinha, cuidando uma da outra, e eu fiquei sabendo do ataque a guilda dos druidas, Nullgat o Tauren e os outros sobreviventes chegaram aqui a salvo, e estamos nos armando contra a legião, não se preocupe com isso agora. Estou com saudades volte logo.
                                    Grandiel.
Anivya fechou a carta com um sorriso, e ficou pensando em Mhysa, a grande escolhida de Alihanna era aquela garota que ela havia encontrado na estalagem? Seria ela que irá guiar todos para a vitória?
   - Anivya? - Disse Léoric quebrando o silêncio. - O que houve? O quê Grandiel disse?
   - Nullgat e os druídas chegaram bem em Alioth, e os exercítos élficos estão prontos para a batalha.
    - Isso é uma ótima notícia, bom acho que daqui já é o suficiente, por favor, façam um círculo e deem as mãos.
   Todos olharam para o Arquimago sem entender o motivo.
   Anivya estendeu a mão para Arcaladin, o General élfico, deu a mão para ela e seu companheiro, no final todos fizeram um círculo. Léoric abaixou a cabeça e começou a entoar versos silenciosos, e quando terminou a ponta de seu cajado brilhou, em um piscar de olhos, tudo ficou borrado, e cinzento, quando abriram de volta, estavam todos dentro de um lugar fechado e com longos corredores, um lustre imenso no teto possuia centenas de orbes encantados com luz mágica que jamais se apagava, lindos quadros nas paredes de grandes mestres da magia e dezenas de pessoas andavam carregando livros de sala em sala. - Sejam bem vindos a Torre Arcana. - Disse Léoric entusiasmado.
   No final do corredor vinha caminhando um senhor, com estatueta baixa, cabelos grisalhos e uma barba cheia albina, ostentava um grande medalhão em seu pescoço, simbolizando o grau máximo da formação de um mago o de grande mestre.  - Chegou em cima da hora Léoric, como sempre não é? - O velho gargalhou tanto que quase se engasgou.
   - É muito bom ver o senhor também grande mestre. - Disse Léoric sorrindo. - Eu trouxe a Rainha Lizbeth de Caladan que falará em nome do rei Conrad IV, e esse ao seu lado é o General Magnus.
   - Muito prazer. - Disse Magnus comprimentando o grande mestre com um aperto de mão firme.
   - O prazer é todo meu.
   - Aqui estão em casa, fiquem a vontade. - Disse Léoric. - Grande mestre será que podemos conversar na sua sala? Tenho muito o que lhe contar...
  
   

A Lenda do Éther e a Montanha Sombria (Livro 1)Where stories live. Discover now