Irmãos Collins - Série IMORTAIS - Livro 4

1 Jacob

Corríamos por nossas vidas, no meio daquela floresta. Ainda não tínhamos certeza se estávamos correndo para a direção certa, mas meu irmão estava ferido, e ele era minha prioridade. Não podíamos usar nossos poderes em pleno território inimigo, seria assinar nossa sentença de morte.

_Jake... – meu irmão chamou-me, ele sangrando muito, ao meu lado, assim que paramos para respirar – deixe-me... Sozinho você consegue escapar... – engasgou-se com uma golfada de sangue, tossiu o segurei mantendo-o de pé com firmeza.

_nem morrendo você para de falar merda! – resmunguei colocando-o em meus ombros e voltando a correr.

Corri numa velocidade claramente não humana, não que nossos perseguidores ligassem para isso, pois estavam nos caçando pacientemente. Havíamos caído em uma armadilha, alguém tinha entregado o local onde nos reuniríamos em Dubai. Haviam ficado para trás, quando entramos na floresta, aqueles mercenários eram mocinhas cegas numa floresta humana comum.
Aqueles elfos filhos duma prostituta arrombada! Como odiava aqueles merdas! Eram uma raça que deveria ter sido exterminada do planeta.

_Jace, pressione o ferimento! – ordenei vendo pelo canto do olho meu irmão pálido, afrouxar a pressão no buraco de bala de fuzil, o mesmo tinha visto a mira e entrou propositalmente na frente do tiro, tomando-o por mim – Jace... JACE PORRA!!! – gritei alarmado, fazendo-o ofegar e abrir os olhos – NÃO DORME, SEU PUTO!!! – gritei correndo ainda mais, sentindo meu corpo vibrar – estamos chegando, Jace, estamos chegando, aguente firme ai irmãozinho... Você vai ficar bem... – murmurei tentando convencer mais a mim, do que ao meu irmão que estava desfalecendo em meus ombros.

Precisavam chegar o mais rápido possível no aeroporto, onde o Andarilho, nos aguardava, tínhamos que concluir uma última parte da missão, para concluirmos tudo, passaríamos o medalhão do tempo, para o seu dono, afinal, esse fora um dos motivos pelo qual aceitamos participar de toda essa insanidade, em parte, aumentaria o poder de nossa família.

_Jake, você lembra de quando éramos crianças... – meu irmão começou a murmurar – de como você não tinha controle nenhum e sentava a mão em todos no parquinho! – sorriu – quando os meninos maiores não me deixavam brincar no escorrega... – ofegou e gemeu – ou quando me zoavam, me chamando de cópia falsificada...

_o que é ridículo! Somos gêmeos, nem se um de nós fosse retalhado, isso não mudaria nada... – resmunguei ofegante.

_claro... Você é a muralha de músculos, enquanto eu sou o cérebro! – sorri, meu irmão era um idiota, mas sim, ele era um gênio.

_por trás de um grande homem, sempre existe uma grande mulher! – falei olhando-o pelo espelho – você é a minha! – ele sorriu cansado.

_vá se foder...

_bem que eu queria, mas prefiro um uísque a uma foda, agora!

_estou muito fodido né... – murmurou.

_vai me dar trabalho remendar você! Mas não se preocupe, mulheres amam cicatrizes! – sorri e ele me olhou feio.

_Logan vai me esfolar vivo! – choramingou.

_pode apostar! – sorri ao lembrar de meu cunhado.

Sim. Meu cunhado. Jake mantinha um relacionamento estável e público com Logan, um dos acionistas da empresa, uma parte importante do conglomerado. O mesmo também era envolvido em alguns assuntos mais, obscuros, assim como nós, não diretamente ligados à máfia, mas tínhamos um acordo com o rei do submundo. Ele facilitava nossa vida, facilitávamos a dele. Era uma troca de investimentos, por assim dizer.

_estamos chegando Jace, aguente ai! – falei ao avistar de longe a entrada do aeroporto, e então saímos da floresta, ficando novamente expostos.