Recomeço - No Meio Da Máfia

25°

Taylor

Chegamos em casa tem um tempinho, as crianças não desgrudam dela, especial o Lion. Deitada sobre a nossa cama, com os meninos a nossa volta dela falando bobagens, acho eu. 

— A mãe de vocês precisa descansar. — digo na alternativa deles a largarem. — E vocês também precisam, e de um banho. 

— Queremos ficar com a mamãe. — eles pedem.

— Não, hoje eu vou cuidar de vocês. — Caminho para a cama. — Mamãe vai descansar, tudo bem?

— Obedecem o pai de vocês. — Suraya me ajuda. — Mamãe está cansada e precisa descansar.

— Ouviram não é mesmo? — sorri.

Eles balançam a cabeça, me aproximo dela e beijos seus lábios, ergo as meninas nos meus braços e Lionel caminha me seguindo. 

Ajudo as meninas tomarem banho, Lion foi sozinho, pelo que ele me falou, já é grande para tomar banho sozinho e eu aceitei, mas vai ter oportunidades para termos esse momento de pai e filho.

Pai. Ouvir ele me chamar assim, tornou meu dia lavado depois da tempestade. Só tinha que ser esse momento para ele se dar conta que ele precisa do pai, e eu, que o meu filho independentemente do gelo que carregava, precisava dele. Do amor dele. As meninas já limpas, com roupas novas, as deixo na cama e dou ordem que tragam o jantar para elas no quarto. 

— Podemos ir ver a mamãe? — Lia pede. Balanço a cabeça negando.

— Amanhã. Hoje a mamãe vai ter que descansar, e pra isso, tem que ficar sozinha, dormindo. E vocês também. 

Me aproximo delas e beijo seus rostos. Elas sorriem sempre quando faço isso. Agora sei como eles precisam de mim presente na vida deles.

— Vou indo no quarto do Lion, me esperem aqui. — elas balançam a cabeça concordando.

Saio do quarto e sigo para o Lion. Assim que entro o vejo caminhando para a porta, os cabelos húmidos e vestido com uma simples bermuda e camisa, e chinelos. Tenho que me acostumar com eles usando sempre chinelos.

— Vim ver se precisava de ajuda. Pelos vistos já é um menino grandão. — afago seus cabelos embaraçando e ele se contorce sorrindo.

— Sou papai! — fico imóvel sempre que ele diz essas palavras. 

Ergo ele nos meus braços e caminhamos para o quarto das meninas, elas estão muito quietas, o que não é comum. Elas estão triste, e assustados pelo que se passou hoje. São apenas crianças e aquilo foi longe demais para se aguentar.

Volto à por Lion no chão, e pego em sua mão caminhando para as meninas. Estou perdido sem saber o que fazer para distrair eles e esquecer o que houve neste dia.

— Estão com fome? — elas negam. — O que foi então? Essas caras?

— Eu quero a mamãe! — Lia chora pedindo.

Amparo ela nos meus braços e Lilly vem até me também e fico colado as duas. Lion só observa calado, e a ideia de fazer alguma coisa para distraí-los, formiga em minha cabeça.

— Já sei! — falo para elas. — Vou levar vocês para ver a mamãe, mas só se me prometerem que não vão fazer barulho algum, e depois vão brincar com o papai aqui. Tudo bem!

— Sim! — respondem em conjunto e já vejo suas emoções melhorarem.

Pego as meninas com as mãos e Lion caminha nos seguindo. Seguimos para o meu quarto e paro na porta. Faço um sinal de silêncio para eles e abro a porta devagar.