13°

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Taylor






Chego na grande mansão Adams, não tão grande quanto a minha, mas não é mal. Sou recebido pelo primeiro ministro. Olho em torno da casa, meus homens estão fora, não os quero para perto, ouvir nossa conversa que será rápida. Natalie não está na sala, ótimo, não estou com cabeça para atuar seus cinismo.

— Taylor Smith! — olho para o homem de cabelos grisalhos no seu terno cinzento se aproximando. — Bem-vindo a minha humilde casa.

Humilde? Lá vamos nós. Me aproximo e apertamos as mãos. Ele se esforçar esbanjar seu melhor sorriso, não chega até aos olhos, e sei que ele está muito puto comigo, só não demonstra porque posso ser bem pior que ele.

— Obrigado, Ronald. 

— Vem, vamos conversar no meu escritório.

Assinto e fomos para o escritório. Não reparo os detalhes, mas é grande e espaçoso. Me indica o sofá. Me sento e ele se senta no outro a minha frente. Encaro o homem à minha frente, ele está se controlando para não explodir. 

Eu bem que o entendo. Se um homem fizesse uma das minhas meninas sofrer, eu nem o chamaria para uma conversa civilizada, morreria antes disso. Mas a situação é outra, eu já sou casado, e supostamente ela estava morta e voltou. 

Meu corpo se arrepia só de pensar que o casamento seria anulado em um ano, poucos dias já, se não a encontrasse. Parece que o destino nos quer junto, então não posso ir contra, porque eu também quero o mesmo.

— Vamos logo ao assunto. — diz sério.

— Claro! — falo calmo. — Como o senhor já sabe, a minha mulher está de volta, nunca morreu, na verdade eu a escondi por um tempo, grávida, por segurança.

— O quê? — arregala os olhos. Bom, essa é uma mentira que estou inventando, só para não perder o respeito. — Ouvi rumores que ela fugiu de si, e esses anos todos, você a procurava.

— De onde ouviu? — sou cínico, faz parte ser neste momento se quero manter a mentira. — Dos empregados da empresa? De quem? Só os meus soldados sabiam disto, queria segredo, para as manter salvas. Sabe que eu sou um homem em perigo constante, fiz todos acreditarem que minha mulher fugiu, grávida, só para não sofrer nas mãos dos meus inimigos.

— Então foi tudo uma mentira? Quem diria! — se remexe sentado. — Mas isso afetou o lado emocional da minha filha, e como um pai, não admito isto. Ela voltou aqui com roupa de pijama, molhada e chorando.

— Eu lamento por isto, mas a sua filha não respeitou o espaço da minha mulher, e sofreu as consequências. Bem que não tinha sido pior.

— Devia controlar a sua mulher. Eu poderia denunciar ela por agressão.

— Devia, mas não fará, porque ela pode denunciar sua filha por invasão de privacidade, e isto será uma mancha para o primeiro ministro.

— Você está me ameaçando?

— Claro que não. — sorrio. — Estou querendo dizer que aconteceu tudo da mesma moeda. Ela ofendeu a minha mulher, e ela pagou por isto. 

Me olha incrédulo, e se mantém em silêncio. Eu sei qual é o ponto fraco deste homem, e ele sabe que eu sei. Embora sendo amigo do Richard, meu pai, ele não é nenhum santo, nenhum dos dois. É claro que tem conhecimento da família, e não será muito tolo em me desafiar.

— Eu lamento pelo constrangimento causado, queira me desculpar por sua filha, e dizer que o noivado acabou. — Contínuo e ele apenas me olha atônito. — Amanhã terá um jantar, quero apresentar os meus filhos a todos os meus amigos, e claro, do meu pai também. Meus homens vão deixar um convite nos seus empregados.

Recomeço - No Meio Da Máfia Where stories live. Discover now