Capítulo 11 - Adeus,mamãe!

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Robson diz para a secretária não passar nenhuma ligação para ele, depois tranca a porta e pede para Alex se sentar.

Alex senta-se, recosta bem na cadeira e estica as pernas. Está usando uma bermuda de moletom e chinelos de dedos.

― O que foi? Por que me mandou vir aqui?

Seu pai senta-se na beirada da mesa diante dele e começa a falar com cautela:

― Olha, meu filho, eu espero que você seja muito forte agora, pois o que tenho para dizer é muito grave.

Alex encolhe as pernas. Seu pai faz um muxoxo com os lábios e continua:

― Eu sei quem matou aquelas pessoas.

Alex mantém a expressão inabalável. Já tem todas as respostas para o seu pai caso ele venha acusá-lo por aquelas mortes, mas se assusta quando ouve o nome do assassino.

― Sua mãe. Ela matou Charles, Priscila, Tomás e aquele rapaz...

― Gil ― completa Alex. ― Como o senhor tem certeza disso? ― Indaga levantando-se da cadeira.

Seu pai aproxima-se dele e diz olhando nos olhos dele:

― Eu encontrei dois pares de roupas da sua mãe. Todas sujas de sangue. Estavam dentro de uma sacola atrás da máquina de lavar.

― Mas isso faz dela uma assassina, pai?

― Acontece que mandei para a polícia examinar e o resultado das amostras bateu com o DNA de Priscila, Tomás e Gil. Ou seja, tinha sangue dos três naquelas roupas. A polícia me ligou hoje e perguntou onde encontrei aquelas roupas.

― E você disse?

Robson abraça seu filho afetuosamente e passa a mão em seus cabelos.

― Eu tive que falar a verdade, meu filho. Sou uma autoridade na cidade. Eu sinto muito.

Alex aperta seu pai contra seu peito e fecha os olhos por uns três segundos. Sempre soube que podia contar com seu pai.

― Tudo bem ― diz se afastando do pai. ― É por isso que ela anda tão aflita ultimamente e me acusa o tempo todo. Mas...

― Os corpos estão no quintal do velho e bom vizinho Otávio.

― Como o senhor descobriu?

Robson coloca uma mão sobre o ombro do filho e diz:

― Alex, meu filho, tem coisas na vida que é melhor não saber. O que importa agora é que a justiça será feita.

― Obrigado por ter me preparado antes. Você é realmente um grande pai.

Alex olha para Robson e abre um sorriso satisfeito.

― O senhor não vem comigo?

― Prefiro não ver a mulher que amo sendo presa. Se você quiser não precisa ir pra casa. Pode ir para casa de algum amigo...

― Eu preciso estar perto dela nesta hora, pai.

Alex aproxima-se dele e beija-lhe o rosto.

Abre a porta e sai apressado.

= // =

Uma chuva forte começa a cair de repente. Nice pede Alex para fechar as janelas lá de cima e ele sobe correndo a escada. O vento sopra impetuoso e faz um barulho estrondoso lá fora. Ele entra no quarto dos pais, fecha a janela e olha para a cama. Senta-se nela e depois deita e rola de um lado para o outro.

Conto com você, papaiDove le storie prendono vita. Scoprilo ora