Revanche

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   Os livros dela caíram todos e ela se agacha para a panha-los, ele a ajuda e pergunta _ O que aconteceu? Por que você ta chorando?

_ Você contou o que aconteceu ontem na lagoa, eu já podia imaginar que não podia confiar em você.

Wellington olhou bem nos olhos dela e disse _ Eu não falei nada, tudo não passa de uma brincadeira de mau gosto, vem comigo quero chegar de mãos dada com você e anunciar a todos que você é minha namorada.

_ Você vai fazer isso mesmo?

_ Claro que vou, vem comigo – ele pegou na mão dela seguiram para a sala de aula.

   Ao entrar todos os olhares fixaram em Wellington e Edilane, seguiram para suas receptivas cadeiras e antes de sentar Wellington beijou Edilane.

_ Pessoal quero informar a vocês que eu e Edilane estamos namorando e quem mexer com ela vai se ter comigo. Inclusive você, Paulinho.

Paulinho achou que ele estava brincando e disse _ Ta bom, agora pode parar com a brincadeira de defender a favelada, eu sei que você só ta usando-a.

_ Estou falando sério, não quero que ninguém diga mais nada para ofender Edilane. Estou assumindo publicamente meu relacionamento com ela – ele pegou na mão dela e saíram da sala de aula.

Todos ficaram se entender a atitude dele.

                                                                                  MESES DEPOIS...

Os pais de Wellington estavam sentados na varanda da casa. Chovia muito naquela tarde de domingo, a mãe dele contemplava a chuva molhar o belíssimo jardim enquanto seu pai folheava o caderno de esporte do jornal folha litorânea. Wellington estacionou o carro na frente casa e desceu correndo para a varanda.

_ De onde você vem filho? – perguntou  Serafim

_ Eu estava com minha namorada, ela é uma garota maravilhosa.

_ Porque você não nos contou que está namorando?

_ Vou trazê-la para jantar essa noite aqui em casa.

_ Wellington, essa moça é de boa família? Quem são os pais dela?

_ E isso importa? De qual família ela é? O importante para vocês não é minha felicidade?

_ Não é isso o que seu pai quer dizer, filho sonhava para você um casamento com alguém que tenha o mesmo nível social que o nosso.

_ Mãe, eu sei o que é melhor para mim. Eu amo a Edilane, é com ela que quero construir minha vida.

_ Tudo bem filho, seja como queres – disse D. Julia

_ Então posso trazê-la para jantar?

_ Pode trazer sua namorada, vou preparar uma comidinha bem gostosa pra vocês.

Wellington beijou a testa de sua mãe e disse _ Mãe melhor que você ainda ta pra existir.

Horas mais tarde...

Edilane espera ansiosa pela chegada de Wellington, estava vestida com um vestido simples, usava um colar de bijuteria no pescoço, brincos com duas pedras verdes. Jóias sem valor, mas que para ela representava sua simplicidade. Seu cabelo cacheado estava preso por uma fivela de plástico, calçava uma sandália com estampas de flores. Edilane sentia-se feliz daquela forma. Ela jamais negaria pra alguém sua origem humilde. Wellington parou o carro em frente à casa dela, desceu e abriu a porta do veiculo para ela entrar.

Meu Adorável Diarista Où les histoires vivent. Découvrez maintenant