A Ilha

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Chegamos numa praia onde praticamente não havia quase nada, apenas uma vila de pescadores. Wellington parou o carro e desceu se reportou até um pescador que havia desembarcado de uma noite de pescaria. O homem ancorava o barco. Um senhor de mais ou menos 60 anos estava ao lado de um rapaz de um rapaz de uns 18 anos, cabelos negros e pele bronzeada de sol. Wellington se aproximou dos dois e perguntou _ estou querendo ir para a ilha dos corais. O senhor poderia nos levar ate lá? A ilha dos corais e uma pequena ilha que ficava a 500m das margens da praia de Bambuzal . Mas é uma lugar lindo e seguro para acampar. O velho senhor disse_ meu filho pode levar vocês ate lá.
_ por mim tudo bem. Que horas o senhor poder nos levar até lá?
_ e só o tempo de tomar um banho e eu os levo até a ilha - disse o jovem rapaz.
Aproveitei a ocasião, já que o rapaz iria nos deixar na ilha para fazer um pouco de ciúmes em Wellington. Enquanto o rapaz foi em sua casa para tomar banho. Aproveitei pra da uma volta na vila dos pescadores. As casa feitas de madeira e coberta de palha dava um ton nostálgico ao ambiente. Alguma mulheres limpando peixe em uma especie de barracão feito de palha. Logo mais próximo as pedras uma estátua de Iemanjá no tamanho de uma pessoa e as seu pés flores e presentes doado dos devotos da rainha do mar. Wellington olhou para a imagem e disse_ a única coisa que não gosto nesse lugar é essa aberração de estátua na frente da praia.
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Senti raiva quando ouvi aquelas palavras preconceituosa sobre a crença dos outros _ Wellington, você não é obrigado a gostar da religião de outra pessoa, mas tenha a obrigação de respeitar. Eu particularmente não sou adepto de religião nenhuma. Porém respeito todas, inclusive a sua. Acho que foi um grande erro ter vindo pra cá com você.
Wellington suspirou fundo e disse_ garoto, você é um chato de galocha. Tenho direito de não gostar dessa merda de religião que não é nada mais que um culto ao demônio.
_ pra mim, quero ur embora.
_ você não vai embora, ficar comigo. Estou aqui por que sei que você precisa de mim nesse momento. Por favor não vá.
_ Wellington, não quero passar esses três dias brigando com você.
Wellington chegou mais próximo de mim colocou a mão no meu ombro e disse _ eu não quero brigar com você, quero que esses dias sejam divertidos, quero que se sinta acolhido por mim, acolhido em meus bracos.
virei meu corpo de encontro a ele e o abraçei forte. ele retribuiu o abraço com um beijo em minha cabeça, de repente o rapaz que guiaria o barco
interrompe o nosso momento de carinho _ senhores, podemos ir a ilha?
_ sim, estamos prontos.
entramos no barco com nossas coisas. enquanto velejava eu olhava a imensidão do mar. imaginava coisas como tudo que Deus criou e magnífico. Mas uma vez Wellington se aproximou de mim e me abraçou pelas costas. percebi que o rapaz que nos levava nos observava um tanto curioso. acho que ele havia percebido que entre eu e Wellington existia algo muito forte. Eu realmente o amava, ele Foi o único amor da minha vida. Mas os pesadelos que eu tenho com a morte de Wellington me deixava confuso e com medo de perde -lo, as vezes achava que essas coisas que sentia, essas sensações de que algo iria acontecer talvez fosse apenas coisas da minha cabeça. Lembrei que ainda na minha pré adolescência eu tinha sonhos com meu amigo de infância, sonhava com ele se afogando, aqueles sentimentos de que algo iria acontecer me incomodava. mas um certo dia, Pedrinho foi tomar banho no lago da fazenda e não voltou para casa. neste dia eu estava na casa de uma tia e lembro que senti um enorme vazio no peito. Por esse motivo tenho medo.
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Chegamos na ilha e o rapaz nos ajudou a tirar as nossas coisas do barco. Ele se despediu e partiu. Wellington tratou logo de arrumar a barraca. Eu fiquei contemplando a beleza da natureza. Aquele lugar lindo me cativou bastante. Logo o sol iria se pôr, deveria ser um grande espetáculo da natureza. A ilha tinha uma extensão de matas fechadas muito grande. Wellington tirou a coisa que vestia pois o suor escorria naqueles músculos. O corpo todo malhado, uma barriga com músculos bem divididos. Fiquei louco de desejo. Me aproximei dele e passei a mão no rosto dele Pará limpar o excesso de suor. Ele me olhou bruscamente e disse_ não me toque, não pense que o fato de eu ter trazido você aqui irá acontecer alguma coisa entre nós. Eu não quero isso pra minha vida. Acho sujo, nojento e vai contra os princípios de Deus.
Senti muita raiva naquele momento. Me afastei dele e sai caminhando pela praia. Andei bastante e pensei em tudo que havia acontecido na minha vida. Os pensamentos vinham como flash desde da minha infância até os dias atuais. Lembrei do meu namorado de infância. Lembrei o quanto eu sofri quando tudo aconteceu. Aquela tarde de 22 de julho de 2008 foi a data em que morri e nasci Para a vida. De alguma Forma foi minha libertação Para o mundo.

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Meu Adorável DiaristaWhere stories live. Discover now