A viagem

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  Logo cedo eu estava na rodoviária com destino a minha cidade natal.  Eu estava presa a meus pensamentos, e nem mesmo aquele sol da manhã de 8hs fazia deixar de pensar no que de belo havia vivido. Agora somente a lembrança de Wellington fazia ficar aprisionado nessas lembranças. Já fazia um bom tempo que não voltava para minha terra natal, mas por muitas vezes o meu passado naquela cidade me dava certa revolta. A única comunicação que tinha com meus pai era por telefone. Agora eu estava de volta ao lar. De repente meus pensamentos voltaram - se para uma voz suave ao meu lado.
_ Bom dia. Posso sentar aqui ao seu lado?
_ sim. Fique a vontade. Também esta indo a Sobral?
_ vou a casa de minha irmã. Ela se mudou a um ano com o marido. Estou a procura de emprego, talvez eu tenha chance de algo lá. A proposito, eu me chamo Layla e você.
_ Solano. Mas pode apenas me chamar de sol.
_ esta indo visitar algum parente?
_ Não. Estou indo para ficar de vez. Meus pais moram numa fazenda - respondi olhando para o painel que passava o horários dos ônibus.
_ Eu sou natural de Aquiraz. Vivo numa comunidade de pescadores. Mas estou tentando arranjar emprego desde de quando fiz minha cirurgia, mas confesso meu querido que ainda está. Tudo muito difícil.
  Fiquei um tanto curioso e perguntei _ você. Fez cirurgia de que?
_ De mudança de sexo. Eu nasci uma menina no corpo de um menino, desde criança sou assim. Na verdade nasci assim. Estou em um processo de mudança de nome, mas aqui no Ceará isso ainda e bem complicado. Minha identidade ainda e com o nome de Witte. Mas tenho fé. Que logo consigo reverter esse quadro. Tenho fé.
   Fiquei de boca aberta, nunca havia conhecido uma transexual _ não se preocupe, você vai conseguir.
_ assim eu espero meu querido. Assim espero por que isso já esta na justiça a dois anos. Já estamos em 2010 e nada aconteceu.
_ entendo você. Mas acredito que tudo dará certo.
_ que você. Fale pela boca de um anjo. Nosso ônibus chegou. Gostaria de sentar ao seu lado. Assim poderiamos conversando até Chegar em Sobral.
_ podemos trocar com algum passageiro.
_ verdade.
   Pegamos nossas bolsas e subimos no ônibus. Fomos conversando durante toda a viagem. Tudo parecia tão diferente olhando para as montanhas. Eu me sentis que nunca havia feito coisa mais certa do que abandonado aquele lugar. Apesar de se sentir tão mal em voltar ali; a única alternativa que eu tinha encontrado foi voltar e saber que minha irmã. Estava preste a se casar com primeiro homem que tive na minha vida. Poxa! O tempo corria tão. Rápido que nem dei conta que já havia passado da serra mais linda que tinha próximo a fazenda. A serra tinha a forma de dois corações, tal motivos que deu o nome a fazenda de dois corações. Eu  lembrei da primeira declaração de amor. Parecia que eu estava vivendo aquele momento.
_ vem Solano, pega minha mão,  eu te ajudo a subir.
_ espere - me, Daniel você sabe que tenho medo de subi aí, pois minha pota está um pouco folgada.
_ tudo bem, então vamos descer. O que você esta esperando? Já sei...
  Foi então que ele me pegou pelo braço, e puxando meu corpo de encontro ao dele, seus lábios tocaram os meus. Aquele foi um doce beijo que me fez transbordar o meu coração de tanta paixão.
   Meus pensamento sumiram quando teve que fazer a ultima curva para chegar a fazenda. A buzina do ônibus chamou de um velho amigo da família. Desci do ônibus e fui me direcionado ao portão. De madeira da fazenda e de repente ele veio ao meu encontro.
_ não pode ser, e você Solano? Querido você com uma aparência de quem esteve muito bem. O que fez com seu cabelo? Decidiu cortar curtinhos, do jeito que seu pai queria.
_ como esta meu pai? Sr. Eudes.
_ querida ele continua ranzinza do mesmo jeito. Mas esta melhor de saúde.
_ e o Sávio, onde está? Quero que ele pague pelo que fez com minha família. Quando eu lembro que meu pai fez tudo por ele e ele nos traiu. Tomou uma parte de nossa fazenda nos deixando sem ter nenhuma renda. Se não fosse minha ajuda, minha familia passando fome. E você. Eudes sempre me bajulando, vem cá me da um abraço para que eu possa matar essa saudade que eu estava sentido de todos.
_ você sabe que e como um filho pra mim.
   Eu estava muito feliz de ganhar o abraço de alguem que sempre me tratou com carinho e respeito.
   Passando pela varanda da casa, notei nada havia mudado, tudo estava do mesmo jeito de quando eu morava aqui. As plantas estavam maiores e deixava a casa com um astral novo. Lembrei de quando eu corria nos corredores fugindo de Daniel e gritando o nome de meu pai. Deu vontade de fazer a mesma coisa e foi o que eu fiz.
_ papai... Papai...
_ meu querido, é você mesmo? Nossa mudou o visual, deixou cabelo mais curto, esta muito bem sua aparência. Mas não perdeu o brilho de menino mimado. Filho como eu senti sua falta - ela me abraçou forte como se quisesse que nunca mais eu saísse de seus braços.
_ mamãe, como está o estado de saúde de papai?
_filho ele continua do mesmo jeito. Melhorou mais a magoa que Sávio causou foi profunda. Você sabe que seu pai sempre teve muita adoração por seu primo. Onde está Telminha, quero ver minha irma. Estou morrendo de saudades dela.
_ preciso lhe contar uma coisa.
   De repente Telminha se aproxima e puxa meu braco com força _ Solano, vem aqui preciso te mostrar uma coisa.
_ calma, garota. Você nem ao menos vai me desejar boas vindas? Pois pensei que sentia minha falta.
_ meu irmão não é nada disso, é que preciso te apresentar meu noivo. Sei que você vai adorar conhece-lo.
_ Telminha continua a mesma não pode esperar por nada.
   Quando chegamos perto do quarto de Telma paramos ao ver Daniel parado de costas bem próximo a porta.
_ Daniel, veja quem chegou. Meu irmão esta de volta.
   Eu fiquei surpreso ao ver Daniel ali. Como poderia? Ele me esqueceu fácil assim? Sei que nosso romance foi em segredo por muito tempo. Mas eu não queria admitir que ele era o noivo de minha querida irmã.

Meu Adorável Diarista Where stories live. Discover now